Governo precisa criar agenda produtiva para o país, diz Renan para alunos da FGV

“Não tem sentido cobrar da sociedade as contas de ajuste se você não cortar despesas dentro do estado”, avaliou Renan.
29/04/2015 13h40

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu na manhã desta quarta-feira (29) 48 alunos do curso de direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os estudantes vieram a Brasília para conhecer o funcionamento dos três Poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário. Aos estudantes, Renan explicou que o Congresso Nacional é o poder mais transparente e atento aos anseios da sociedade. O presidente destacou que o Brasil vive uma grave crise econômica e que nesse momento é preciso que o governo dê o exemplo no ajuste das contas públicas. “ De todos os poderes da República, o único que fez o dever de casa, no sentido da economia, do corte de gastos, foi o Senado. No Executivo, hoje temos 38 ministérios. Não tem sentido cobrar da sociedade as contas de ajuste se você não cortar despesas dentro do estado”, avaliou Renan.

Governo precisa criar agenda produtiva para o país, diz o Presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para alunos da FGV. Foto: Jane de Araújo

Transparência

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também explicou as mudanças administrativas realizadas no Senado nos últimos anos, como o esforço para deixar a Casa cada vez mais transparente e aberta à sociedade. “Esta casa era uma espécie de caixa preta e hoje o Senado, é tido de acordo com uma pesquisa da própria FGV, como a instituição  pública número 1, em termos de transparência, isso nos da muito orgulho e satisfação”, ressaltou.

Pacto pelo Emprego

Antes de encerrar o encontro, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse aos estudantes que é necessário mais empenho da presidente da República Dilma Rousseff na criação de uma agenda produtiva para o Brasil.  Renan defendeu que os poderes proponham um pacto nacional pela manutenção do emprego, com estímulos para as empresas e facilitação de acesso ao crédito. “A  presidente precisa ter um rumo, uma agenda, isso seria transitório, quando a economia voltasse a crescer, estaria desfeito o pacto”, explicou.

Medidas Provisórias

Perguntado sobre o abuso na edição das medidas provisórias pelo executivo, Renan lembrou que as MPs não podem ferir a autonomia do Legislativo. “A MP é  uma disfunção do presidencialismo. Este ano o governo tentou aumentar  impostos por medida provisória, aí nós devolvemos, o Congresso não aceitou nem avaliar isso por MP. É uma atitude relevante de fortalecimento do papel do Congresso Nacional”, encerrou Renan.