Congresso Nacional não fará ajuste a qualquer preço, garante Renan

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiu em mensagem exibida nesta sexta-feira (01) que "o Congresso Nacional não fará o ajuste a qualquer preço".
01/05/2015 11h30

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiu em mensagem exibida nesta sexta-feira (01) que "o Congresso Nacional não fará o ajuste a qualquer preço". Gravado em homenagem ao Dia Internacional do Trabalho, o vídeo exibido na TV Senado e Rádio Senado, apresenta as propostas do Pacto pela Defesa do Emprego.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiu em mensagem exibida nesta sexta-feira (01) que "o Congresso Nacional não fará o ajuste a qualquer preço". Foto: Jonas Pereira

"Neste 1º de maio, dia do trabalhador, é preciso lembrar de que lado está o Congresso Nacional. O Congresso está e sempre estará ao lado dos trabalhadores e contra todos aqueles – que venham de onde vierem – tentarem impor aos trabalhadores, aos mais pobres, sacrifícios, sobretudo neste momento em que a economia não vai bem", alertou Renan.

Ao lembrar que o Congresso é o próprio fiscal do ajuste, Renan afirmou que, quando se penaliza o trabalhador, passa a ser "desajuste". "Ajuste digno deste nome é o que corta despesas, é o que aumenta a eficiência, é o que melhora a qualidade dos serviços públicos, é o que combate o desperdício. Tudo isso antes de recorrer ao inapropriado aumento de impostos que sobrecarrega o já pesado fardo dos contribuintes, das tarifas públicas ou dos juros", avaliou.

De acordo com Renan Calheiros, o Pacto pela Defesa do Emprego será temporário e permanecerá enquanto durar a recessão, "até que o Brasil volte a crescer". O presidente do Senado propôs um compromisso do Governo e do Legislativo de não criar regras que prejudiquem o trabalhador ou causem dano ao emprego.

Defendeu ainda medidas de estímulo, como o aumento das compras governamentais de empresas que criarem mais empregos; mais créditos com juros menores, por parte do Banco do Brasil, do BNDES, do Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal, aos setores que aumentarem a oferta de vagas e uma desoneração da folha de pagamentos, "de maneira definitiva e criteriosa", aos que gerarem mais postos de trabalho.

"Tudo isso e muito mais pode ser feito. O que não pode é não fazer nada. O Pacto pela Defesa do Emprego pretende aliviar as dores dos mais vulneráveis, dos que precisam de mais cuidados", disse Renan. O presidente também defendeu a meta fiscal e inflacionária, mas cobrou uma definição "com igual rigor", da meta de empregos, ainda mais durante o ajuste e a recessão da economia.

"Não podemos fazer um ajuste míope, capenga, meramente trabalhista. Os trabalhadores brasileiros podem ter certeza que nós zelaremos sempre pela distribuição dos sacrifícios até que o Brasil retome o caminho do crescimento e volte a gerar empregos", garantiu.

A mensagem foi ao ar nesta sexta-feira, às 11h da manhã, e será reprisada às 14h, 16h, 19h e 20h. No sábado (02), será possível assisti-la ao meio dia, 16h, 19h e 20h e no domingo (03) ao meio-dia 14h, 16h e 19h. Os horários de exibição são os mesmos na Rádio Senado.