Brasil vive momento democrático exuberante, diz Renan

"O fundamental na democracia é que o Ministério Público seja cada vez mais Ministério Público, que o Judiciário seja cada vez mais Judiciário e que o Legislativo seja cada vez mais Legislativo", afirmou Renan Calheiros.
05/03/2015 15h05

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quinta-feira (05) que as especulações em torno da lista do Ministério Público sobre a Operação Lava Jato não são tão importantes quanto o trabalho que as instituições públicas estão desenvolvendo em relação ao caso.

“Eu acho que a democracia está indo muito bem, é um momento de esplendor da democracia e o Brasil ganhará muito com tudo isso. Isso [a lista] é muito pouco importante na democracia. O fundamental na democracia é que o Ministério Público seja cada vez mais Ministério Público, que o Judiciário seja cada vez mais Judiciário e que o Legislativo seja cada vez mais Legislativo”, afirmou Renan Calheiros.

O presidente do Senado disse estar comemorando o atual momento e reafirmou não ter conhecimento da lista apresentada pelo MP ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós não sabemos absolutamente de nada. E isso não significa dizer que nós não estamos preparados para responder os questionamentos. Vamos responder todos à luz do dia. Feliz de um país que tem uma democracia pulsante como o Brasil”, disse Renan.

Quanto à devolução da Medida Provisória (MP) 669/2015, que aumentava as alíquotas de contribuição das empresas para a Previdência, o presidente Renan Calheiros observou que a decisão não foi tomada para contrariar ninguém. “A decisão de devolver a medida provisória não foi contra ninguém, foi a favor do Brasil, do Legislativo, da democracia”, disse.

Renan também defendeu que as investigações sobre os atos do Poder Público se estendam a todas as instituições. “Eu citei o saudoso Gurgel, que quando candidato à reeleição, à recondução para o Ministério Público, ele de uma só vez pagou 275 milhões de ajuda de custo e moradia. Isso é um absurdo, essas coisas precisam ser investigadas também”, defendeu.  Roberto Gurgel foi procurador-geral do Ministério Público de 2009 a 2013.