Às vésperas das provas do Enem, ainda há incertezas sobe a realização do exame — Rádio Senado
Educação

Às vésperas das provas do Enem, ainda há incertezas sobe a realização do exame

Praticamente às vésperas das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ainda há dúvidas se o exame será realizado. O Ministério da Educação já anunciou o adiamento da realização das provas nas escolas ocupadas por estudantes que protestam contra a proposta de emenda à Constituição 55/2016, que limita a um teto os investimentos públicos por 20 anos; e a Medida Provisória 746/2016, que reforma o ensino médio. Uma ação do Ministério Público, no entanto, pede o cancelamento do Enem em todo o país. O senador Pedro Chaves (PSC-MS), que é relator da MP da reforma do ensino médio, considera importante a manifestação dos estudantes, mas é contrário à ocupação das escolas. Segundo ele, o Enem não pode ser prejudicado. Ouça a reportagem de Iara Farias Borges.

03/11/2016, 09h38 - ATUALIZADO EM 04/11/2016, 08h57
Duração de áudio: 02:42
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Transcrição
LOC: PRATICAMENTE ÀS VÉSPERAS DAS PROVAS DO ENEM, AINDA HÁ DÚVIDAS SE O EXAME SERÁ OU NÃO REALIZADO. LOC: OS ESTUDANTES QUE FARÃO A PROVA EM ESCOLAS OCUPADAS TIVERAM O EXAME ADIADO PARA DEZEMBRO. E AÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE O CANCELAMENTO DO ENEM EM TODO O PÁIS. MAS O MEC QUER REALIZAR O EXAME. INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC.: Segundo a União Brasileira de Estudantes Secundaristas, a Ubes, já são 1.200 escolas e 139 universidades ocupadas em todo o país, em repudio à Proposta de Emenda à Constituição 55, que limita a um teto os investimentos públicos por 20 anos, o que inclui a Educação; e à Medida Provisória 746, que reforma o ensino médio. O Inep cancelou a realização do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, em todas as escolas ocupadas. E mais de 190 mil estudantes farão a prova nos dias 3 e 4 de dezembro. Nas demais escolas o exame está mantido para este fim de semana, dias 5 e 6 de novembro. No entanto, o Ministério Público do Ceará pediu na terça-feira, dia primeiro de novembro, o cancelamento do exame em todo o país por considerar que a realização das provas em datas diferentes fere a isonomia do exame. Mas o Inep e o Ministério da Educação pretendem derrubar essa ação e manter a prova, exceto nas escolas ocupadas. Já a União Nacional dos Estudantes, a Associação Nacional de Pós-Graduandos e a Ubes querem que o exame seja realizado normalmente em todas as escolas, conforme nota publicada também na terça-feira. A presidente da Ubes, Camila Lanes, disse que é possível dialogar com os estudantes que ocupam as escolas e realizar o Enem normalmente, como aconteceu no segundo turno das eleições. (CAMILA) “Em mais de quatro Estados, felizmente os estudantes conseguiram, na forma do diálogo e do bom senso, realizar a coexistência do processo eleitoral nas escolas ocupadas. Em Minas Gerais, o Senador Aécio Neves votou dentro de uma escola ocupada. Não foi sequer xingado por nenhum estudante, porque os estudantes estão ocupando suas escolas para a defesa da educação pública, e não para fazer ataque a qualquer pessoa que entre na escola.”. (Repórter): O senador Pedro Chaves, do PSC do Mato Grosso do Sul, que é relator da Emepê da reforma do Ensino Médio, considera importante a manifestação dos estudantes. Mas é contrário à ocupação das escolas. (CHAVES) “Eu acho que o Enem não pode ser prejudicado. São oito milhões e 600 mil alunos. Movimento se faz nas ruas. Não é ocupando prédios que serão utilizados pelos próprios colegas para fazer uma prova tão importante quanto o Enem. Eu acho que é necessário, realmente, que haja prova e, posteriormente, o MEC vai decidir o que fazer com os demais, que não podem ser prejudicados”. (Repórter): O senador Pedro Chaves disse que os estudantes serão convidados a debater a reforma do ensino médio para construir o relatório.

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