Especialistas e estudantes defendem novas regras para o ensino a distância — Rádio Senado
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Especialistas e estudantes defendem novas regras para o ensino a distância

Novas regras para a educação a distância devem garantir que os alunos tenham acesso ao financiamento do ensino superior. Foi o que defenderam estudantes e especialistas, em audiência nesta quinta-feira (15) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.  O Conselho Nacional de Educação está trabalhando em um novo marco regulatório para o ensino a distância.

Entre as mudanças está a criação de uma nova avaliação para o credenciamento e funcionamento desses cursos. Hoje essa avaliação considera aspectos quantitativos como o número de professores ou livros disponíveis. Segundo o senador Paulo Paim (PT – RS), o objetivo é aumentar a integração entre o ensino a distância e a proposta pedagógica da instituição.

15/10/2015, 13h33 - ATUALIZADO EM 15/10/2015, 14h52
Duração de áudio: 02:10
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: NOVAS REGRAS PARA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DEVEM GARANTIR QUE OS ALUNOS TENHAM ACESSO AO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR. LOC: FOI O QUE DEFENDERAM ESTUDANTES E ESPECIALISTAS, EM AUDIÊNCIA NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: O Conselho Nacional de Educação está trabalhando em um novo marco regulatório para o ensino a distância. Entre as mudanças está a criação de uma nova avaliação para o credenciamento e funcionamento desses cursos. Hoje essa avaliação considera aspectos quantitativos como o número de professores ou livros disponíveis. A ideia, como lembrou o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, é aumentar a integração entre o ensino a distância e a proposta pedagógica da instituição. (Paulo Paim) O Conselho Nacional de Educação está a um passo de aprovar um novo marco para essa modalidade de educação. A educação brasileira vive um momento histórico de transição, pois a ideia é aproximar cada vez mais a educação a distância da educação presencial. (Repórter) Luciano Sathler, diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância, lembrou que a meta do Plano Nacional de Educação é aumentar as matrículas no ensino superior para mais que o dobro das atuais até 2024. E que um dos mecanismos vai ser fortalecer o ensino a distância, principalmente incluindo esse tipo de educação no financiamento estudantil. (Luciano Sathler) Hoje, alunos de cursos de EAD não podem se candidatar ao Fies. E por quê? Não há explicação. Nós precisamos estender o Fies também para os alunos da educação a distância. Nós defendemos que a educação a distância não é modalidade, a EAD é um tipo de educação, mas não é modalidade. Modalidade é bacharelado, licenciatura, tecnólogo, e por aí vai. (Repórter) Alan Valente, vice-presidente do Fórum Nacional de Entidades Estudantis, concordou com a importância do financiamento na educação a distância. E disse ainda que é preciso avaliar regras específicas para lugares sem outras opções de ensino. (Alan Valente) Há rincões distantes onde o ensino na modalidade à distância poderá ser a única alternativa para a educação superior na região. Mas é fundamental que seja a exceção bem definida, para que não haja discriminação, para que não haja polos precários, para que o estudante não seja o prejudicado no final. (Repórter) Luiz Roberto Curi, presidente da comissão do Conselho que analisa as novas diretrizes, defendeu que além de garantir as matrículas, é preciso evitar a evasão, que beira os 60% na média nacional. Ele acredita que a educação a distância é um dos instrumentos que podem ajudar a manter os alunos nas universidades.

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