Cota para mulheres na política está entre ações da bancada feminina em 2015 — Rádio Senado
Balanço 2015

Cota para mulheres na política está entre ações da bancada feminina em 2015

Cotas para mulheres na política foram uma das principais ações da bancada feminina no Congresso Nacional em 2015. Além disso, senadoras e deputadas também trabalharam no combate ao fim da violência contra a mulher.

Para a senadora Marta Suplicy (PMDB-S), relatora da proposta que prevê cota mínima para mulheres no Legislativo (PEC nº 98/2015), a medida é um primeiro passo para maior presença de mulheres na política, sem necessidades de cotas.

27/01/2016, 12h57 - ATUALIZADO EM 27/01/2016, 13h15
Duração de áudio: 02:12
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. 

A participação feminina na política ganha um reforço. O Plenário aprova em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 98/2015, que reserva um percentual mínimo de cadeiras nas representações legislativas em todos os níveis federativos. Assim, a medida atinge Câmara dos Deputados, assembleias legislativas, câmara legislativa do Distrito Federal e câmaras municipais. A proposta é aprovada em primeiro turno com 65 votos favoráveis e 7 contrários. 

Participam: 
senadora Fátima Bezerra (PT-RN); 
senadora Lídice da Mata (PSB-BA); 
senadora Marta Suplicy (PT-SP); 
senadora Regina Sousa (PT-PI); 
senadora Rose de Freitas (PMDB-ES); 
senadora Sandra Braga (PMDB-AM); 
senadora Simone Tebet (PMDB-MS); 
senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); 
deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) 

Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
Moreira Mariz / Agência Senado

Transcrição
LOC: COTAS PARA MULHERES NA POLÍTICA FORAM UMA DAS PRINCIPAIS AÇÕES DA BANCADA FEMININA DO CONGRESSO EM 2015. LOC: ALÉM DISSO, SENADORAS E DEPUTADAS TAMBÉM TRABALHARAM NO COMBATE AO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO PAÍS. REPÓRTER CINTHIA BISPO. TÉC: O ano de 2015 foi de trabalho para a bancada feminina no Congresso Nacional. Senadoras e deputadas percorreram onze estados com a Campanha Mais Mulheres na Política. As parlamentares conseguiram ainda a aprovação no Senado de uma PEC que prevê cota mínima para mulheres no Legislativo. A medida, que agora está em análise na Câmara dos Deputados, assegura a cada gênero percentual mínimo de representação nas três próximas legislaturas a partir da aprovação da proposta: 10% das cadeiras na primeira legislatura, 12% na segunda legislatura e 16% na terceira. Para a senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, relatora da PEC, a medida é um primeiro passo para maior presença de mulheres na política, sem necessidades de cotas. (Marta Suplicy) Nós votamos aqui uma PEC de extrema relevância para a possibilidade das nossas filhas, noras, netas terem mais facilidade de um dia chegar lá sem cotas que hoje nós estamos pleiteando. (REP) Audiências públicas, seminários e campanhas marcaram o ano das parlamentares que debateram as variadas formar de combate à violência doméstica no país. Presidente da Comissão Mista de Combate a Violência Contra a Mulher, a senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul, destaca a importância da Campanha de 16 dias de ativismo pelo fim da violência, já que o Brasil ocupa o quinto lugar em um ranking global de assassinato de mulheres. (Simone) Dos assassinatos de mulheres do Brasil 50% são feitos dentro de casa por familiares ou companheiros. Perdemos apenas para Guatemala e outros países que muitas vezes não têm a envergadura e a tradição democrática do Brasil. (REPÓRTER) Instalada em março de 2015, a Comissão Mista de Combate a Violência contra a Mulher pretende ampliar ainda mais o combate a violência, com a criação do Observatório da Mulher. Ele será responsável pela produção de dados estatísticos, estudos e pesquisas sobre os casos de violência. Da Rádio Senado, Cinthia Bispo.

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