CE vai debater extinção do Instituto Nacional da Mata Atlântica — Rádio Senado
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CE vai debater extinção do Instituto Nacional da Mata Atlântica

A extinção do Instituto Nacional da Mata Atlântica será discutida em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE). O governo federal pretende fundir o Instituto a outras três instituições. Segundo o senador Dário Berger (PMDB – SC), que pediu a audiência pública sobre a fusão dos institutos, juntamente com o senador Ricardo Ferraço (PMDB – ES), a medida vai reduzir o recém-criado instituto a uma mera coordenadoria, sem autonomia. Na avaliação dele, a decisão vai extinguir a identidade e a história da instituição.

22/12/2015, 10h25 - ATUALIZADO EM 22/12/2015, 10h32
Duração de áudio: 02:09
Fabiane Fisch/Museu de Biologia Mello Leitão

Transcrição
LOC: A EXTINÇÃO DO INSTITUTO NACIONAL DA MATA ATLÃNTICA SERÁ DISCUTIDA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. LOC: DECISÃO DO EXECUTIVO PRETENDE FUNDIR O INSTITUTO A OUTRAS TRÊS INSTITUIÇÕES. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC.: Com a justificativa de reduzir gastos, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação decidiu fundir o Instituto Nacional da Mata Atlântica a outros três: o Instituto Nacional do Semiárido, o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal e o Instituto Nacional de Água. Por reivindicação da comunidade científica, em 1949, o cientista Augusto Ruschi fundou o Museu de Biologia Professor Mello Leitão, em Santa Tereza, no Espírito Santo. E, em 2014, a pedido de ambientalistas, o Congresso Nacional aprovou projeto de lei que transforma o museu no Instituto Nacional da Mata Atlântica, com sede no Rio de Janeiro. A proposta também transferiu a instituição do Ministério da Educação para o Ministério de Ciência e Tecnologia. O senador Dário Berger, do PMDB de Santa Catarina, que pediu a audiência pública sobre a fusão dos institutos, juntamente com o senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, ressaltou que a medida vai reduzir o recém-criado instituto a uma mera coordenadoria, sem autonomia. Na avaliação dele, a decisão vai extinguir a identidade e a história da instituição. (BERGER) “Essa nova organização colocaria em risco décadas de um movimento histórico da comunidade científica no país, criada em 1949 para resgatar ecossistemas severamente agredidos. A tragédia de Mariana, que afetou e afetará por muitos anos também o Espírito Santo, só reforça a urgência de o Brasil fortalecer suas instituições ambientais e torná-las ainda mais autônomas e qualificadas”. (Repórter): Serão convidados para o debate o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera; o diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica, Helio de Queiroz Fernandes; e o biólogo André Ruschi, responsável pela doação do Museu de Biologia Mello Leitão ao Patrimônio Histórico Federal. A data da audiência pública ainda será marcada pela Comissão de Educação.

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