Bolsonaro prejudica mais pobres para se promover eleitoralmente, acusa Humberto Costa

Da Rádio Senado | 17/09/2020, 15h24

O senador Humberto Costa (PT-PE) acusou, em pronunciamento nesta quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro de prejudicar os mais pobres e de querer se promover eleitoralmente com o dinheiro que deveria ser destinado a essa parcela da população .

Ao prorrogar o pagamento do auxílio-emergencial até o final do ano com a MP 1.000/2020, Bolsonaro, segundo o senador, reduziu pela metade o valor pago inicialmente e excluiu, nessa nova etapa, 6 milhões de pessoas que já haviam sido beneficiadas. Com essa decisão, Humberto disse que o presidente retirou o que o Congresso Nacional havia garantido à população.

Nem mesmo o programa Renda Brasil, que o governo queria implementar para transferir dinheiro à população mais pobre, saiu do papel, disse o senador. Isso porque, na proposta do orçamento de 2021 (PLN 28/2020), encaminhada ao Congresso Nacional, não há destinação de qualquer valor para a sua implantação, acrescentou.

Mas o mais grave, na opinião do senador, é o presidente Jair Bolsonaro querer retirar R$ 5 bilhões de diversos setores para alavancar um programa de obras, com o objetivo de lucrar politicamente em 2022. A educação, por exemplo, poderá ficar com R$ 1,5 bilhão a menos em 2021, justamente num momento em que a pandemia e suas repercussões na área preocupam as famílias, lamentou.

— Na verdade, a situação é cada vez pior e o governo mostra claramente o seu descompromisso com o social, com as pessoas mais pobres. Nós voltamos ao mapa da fome, a pobreza aumentou, a desigualdade cresceu, o desemprego está nas alturas, e a falta de renda também está atingindo fortemente toda a população brasileira, em um quadro agravado pela pandemia da covid-19.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)