Senado fica iluminado de roxo para conscientizar sobre fibrose cística

Da Comunicação Interna | 04/09/2020, 09h28

A cúpula do Senado será iluminada na cor roxa na noite deste sábado (5) em alusão ao Mês Nacional de Conscientização sobre a Fibrose Cística, doença hereditária e potencialmente letal causada por um distúrbio nas glândulas exócrinas (que produzem, por exemplo, a saliva, a lágrima e o suor). A iniciativa é da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que defende a necessidade de chamar a atenção da sociedade para esse tipo raro de enfermidade.

— A ideia de iluminar o Congresso é dar visibilidade e despertar o interesse da sociedade para essa doença, que ainda é desconhecida por grande parte da população, o que acaba dificultando a busca pelo diagnóstico e tratamento adequado. Precisamos torná-la mais conhecida, para que o diagnóstico possa ser realizado e o tratamento seja mais eficaz — afirma Gabrilli.

A fibrose cística é incurável e afeta principalmente os pulmões, o pâncreas e o sistema digestivo. Geralmente, causa sintomas como tosse crônica, diarreia e pneumonia. No mundo, são cerca de 70 mil pessoas com essa doença e, conforme a senadora, é uma das doenças raras mais comuns no Brasil.

Prognóstico

A fibrose cística faz parte do rol de doenças que podem ser identificadas no teste do pezinho em recém-nascido. Segundo dados do Ministério da Saúde, ela apresenta um índice de mortalidade elevado. Porém, nos últimos anos, o prognóstico tem melhorado muito, mostrando índices de 75% de sobrevida até o final da adolescência e de 50% até a terceira década de vida.

Muitas crianças com fibrose cística não apresentam nenhum sinal ou sintoma da doença ao nascimento. Uma de suas características é a concentração de cloreto de sódio no suor, tornando-o mais salgado. Secreções viscosas e espessas e maior suscetibilidade a infecções nas vias aéreas e de infecção crônica por algumas bactérias (entre elas a pseudomonas aeruginosa) também podem acometer a pessoa com a enfermidade.

Não existe prevenção para a fibrose cística, apenas tratamentos para retardar sua evolução e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Em casos graves, pode causar infecções crônicas no pulmão, órgão mais suscetível a sofrer com a ação de bactérias e fungos. Pode, também, prejudicar o bom funcionamento do aparelho digestivo devido à possível insuficiência do pâncreas.

Tratamento

O tratamento do paciente com fibrose cística consiste em acompanhamento médico regular, dieta, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica e fisioterapia respiratória. No caso de complicações infec­ciosas, são prescritos antibióticos de amplo espectro. Além das vacinas habituais, as crianças com a doença devem receber também imunização antipneumocócica e anti-hemófilos.

A doença pode se manifestar em todo a população. Não existe variação de incidência em função do sexo, afetando homens e mulheres de maneira igual, numa incidência de cerca de 1 caso em cada grupo de 10 mil indivíduos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)