Comissão de Agricultura recebe delegação dos EUA para debater colaboração entre os dois países

Da Rádio Senado | 27/04/2016, 18h33

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) recebeu nesta quarta-feira (27) uma delegação de especialistas americanos que estão visitando o Brasil para propor parcerias com universidades e para conhecer a agricultura local. Os 27 membros do Consórcio Norte-Americano Universidade-Indústria fazem parte de instituições e empresas ligadas ao setor.

O especialista em Ciências do Solo Charles Rice, da Kansas State University, ressaltou a necessidade de aprender mais sobre a agricultura brasileira. Já a presidente da CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS) destacou pontos fortes do país, como a produção de soja, segunda maior do mundo, atrás justamente dos Estados Unidos.

— O câmbio hoje está muito favorável ao Brasil, porque com a valorização do dólar em relação ao real, há um ganho para o agricultor, mesmo que o preço médio da soja não esteja tão elevado como esteve recentemente. Mas, na troca dos dólares para os reais, ele ganha mais reais, portanto, tem uma renda maior — ressaltou Ana Amélia.

O consultor legislativo do Senado Marcos Peixoto, especialista em desenvolvimento agrícola, informou que o Brasil é o primeiro produtor mundial de açúcar, café e suco de laranja e fica em segundo lugar na produção de carne e milho e soja. Sobre aspectos legais do agronegócio, Peixoto apontou que algumas áreas podem ser aproveitadas para a agricultura sem desmatamento.

— Temos 30 milhões de hectares de pastagens degradadas que podem ser convertidos para uma agricultura mais produtiva. Cerca de 90 milhões que poderiam ser aproveitados, que são agricultáveis. Existem limites legais, mas não há um estímulo para que essa expansão da fronteira agrícola se dê através de áreas ainda florestadas — destacou.

Ana Amélia acrescentou que, além da recuperação dos solos, outro ponto fundamental é a recuperação de recursos como a água. O professor Charles Rice também elogiou as iniciativas de economia de carbono no Brasil, o que, para ele, deve ser um dos grandes objetivos dos EUA.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)