Magno Malta pede seguro-defeso para pescadores afetados pela Samarco

Da Redação e Da Rádio Senado | 25/11/2015, 17h38

Diante da tragédia do rompimento da barragem da empresa Samarco que lançou rejeitos de mineração no Rio Doce, o senador Magno Malta (PR-ES) pediu ao governo que cancele a portaria que suspende o pagamento do seguro-defeso, benefício pago aos pescadores na época em que a pesca fica proibida para garantir a reprodução dos peixes.

Ele explicou que pescadores, como os que ele visitou na terça-feira (24) na cidade de Regência, no Espírito Santo, estão sofrendo porque não há peixes no rio. Ele acrescentou que pela previsão mais otimista dos biólogos, o rio precisará de pelo menos dez anos para se recuperar.

Magno Malta disse, ainda, que é preciso tomar providências para que empresas que extraem minérios, como a Samarco e a Vale, paguem por por seus crimes ambientais. É essencial também que novas tragédias sejam evitadas, frisou o senador, principalmente quando falhas nas barragens já tenham sido detectadas, como ocorreu no caso da Samarco.

- Eles precisam pagar pelo crime ambiental que cometeram. Nós não podemos ficar assistindo o presidente da Vale ou o presidente da Samarco dizendo na televisão  'ainda não sabemos o que fazer’ - disse.

O senador José Perrela (PDT-MG) disse que há anos Minas Gerais está sendo explorada e sofre com danos ambientais terríveis decorrentes da mineração. Ele advertiu que é preciso haver fiscalização e que os estados onde as mineradoras operam sejam recompensados pelos prejuízos causados pela exploração mineral, como ocorre em Minas, Espírito Santo e Pará.

- O maior índice de doenças pulmonares está nas regiões onde as mineradoras operam. Elas não têm a menor preocupação com o ser humano. Então, essa tragédia serviu para mostrar a todos nós que esse pessoal tem que ser vigiado, tem que ser cobrado, tem que pagar, porque o que fizeram em Minas Gerais é um crime! Oitocentos quilômetros de rio totalmente destruídos; flora destruída; pessoas sofrendo. É uma tragédia que não dá nem para escrever - protestou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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