Telmário Mota defende saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara

Da Redação | 14/10/2015, 20h28

O senador Telmário Mota (PDT-RR) defendeu nesta quarta-feira (14) o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em discurso no Plenário, Telmário disse que a posição atual de Cunha é “indefensável”.

- Sobre a presidência da Câmara não pode cair dúvida de conduta. Ele está desacreditado, enfraquecido e não tem ética. Mentiu para a nação brasileira.

A Procuradoria-Geral da República confirmou que o presidente da Câmara possui contas não declaradas na Suíça. Em depoimento prestado à CPI da Petrobras, Cunha negou a existência de dinheiro em seu nome no exterior. Ele é investigado pela Operação Lava-Jato pela suspeita de receber propina de empreiteiras que mantinham contratos com a Petrobras.

Telmário também criticou Cunha por seu comportamento na presidência da Câmara. Para ele, o deputado sempre trabalhou contra os interesses do país e procurou “desviar a atenção” das acusações que pesavam contra si.

- Desde que assumiu a presidência [da Câmara], a meta de Cunha sempre foi ameaçar o governo com a “pauta-bomba”, e não pautou a Câmara em benefício do Brasil. Em nada contribuiu para tirar o país da crise, pelo contrário.

Além disso, para Telmário, Cunha é um “espertalhão” e “não tem moral” para trabalhar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff – tema ao qual o senador garantiu se opor.

Telmário foi apoiado em sua manifestação pelos senadores Reguffe (PDT-DF), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fátima Bezerra (PT-RN), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Cristovam Buarque (PDT-DF).

Cristovam convidou Telmário para que fossem juntos pedir à bancada de deputados do PDT que assine o pedido de cassação de Cunha protocolado no Conselho de Ética da Câmara.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)