Randolfe defende status ministerial da CGU

Da Redação | 02/10/2015, 13h48

A possibilidade de extinção ou enfraquecimento da Controladoria Geral da União (CGU) na reforma ministerial em curso no governo Dilma Rousseff recebeu críticas em Plenário, nesta sexta-feira (2), do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar fez um apelo direto à presidente da República para preservar o status do órgão que, como ressaltou, junto com o Ministério Público (MP) e a Polícia Federal (PF), está na linha de frente no combate à corrupção no país.

— De cada real investido na CGU, voltam R$ 17 para o contribuinte. A CGU já recuperou [desde sua criação, em 2003] R$ 14 bilhões desviados dos cofres públicos, parte disso na Operação Lava Jato. Já demitiu seis mil servidores envolvidos em corrupção e puniu quatro mil empresas por irregularidades na execução de contratos — comentou Randolfe.

Tudo isso foi realizado por um órgão, segundo o senador, que só conta com 0,29% do quadro de servidores do Poder Executivo e tem o quarto menor orçamento do governo. Outras conquistas da CGU assinaladas por Randolfe foram a implementação da Lei de Acesso à Informação e do Portal da Transparência, “iniciativa reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das cinco melhores práticas mundiais de prevenção à corrupção.”

— Melhor é manter a CGU [com status ministerial] e não conceder o Ministério da Saúde a um parlamentar ligado a Cunha [o deputado federal Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados], chantagista-mor da Nação — afirmou Randolfe.

A acusação de Randolfe a Cunha ocorre depois que o Ministério Público da Suíça revelou a existência de US$ 5 milhões em contas bancárias no país em nome do presidente da Câmara. Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) se revelou surpreso com o fato de poucos parlamentares terem levantado, até agora, críticas a Cunha.

— Eu creio que o presidente da Câmara dos Deputados, diante dessa acusação, deveria convocar uma sessão pública do Conselho de Ética, com a presença da imprensa, para dar suas explicações — sugeriu Cristovam.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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