Para Ana Amélia, recriação da CPMF 'não é solução e vai para a conta dos assalariados'

Da Redação | 28/08/2015, 10h17

A senadora Ana Amélia (PP-RS) fez, nesta sexta-feira (28), duras críticas à proposta do governo de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Em discurso no Plenário, ela disse que o Brasil precisa na verdade é de um rigoroso controle dos gastos públicos, além de medidas para a melhoria da atividade econômica.

- Criar a CPMF não resolve. Isso não é solução e vai para conta dos assalariados - criticou.

Para a parlamentar, a ideia de dividir os recursos da contribuição com estados e municípios com o propósito de obter apoio político também não vai funcionar, pois é a sociedade que vai pagar conta e as pessoas não vão concordar com isso.

Ana Amélia citou recente entrevista de Delfim Neto ao jornal O Globo na qual o economista disse ter ficado espantado com as declarações da presidente Dilma Rousseff, que reconheceu ter demorado para perceber a gravidade da crise econômica.

- Precisamos é de gerar mais atividade econômica para criação de mais emprego e de mais renda. Não é penalizando a população que a crise deve ser enfrentada, mas por uma corajosa redução dos gastos públicos - opinou.

Domésticos

A senadora lembrou também a entrada em vigor da lei que assegura mais direitos aos trabalhadores domésticos, considerada por ela um grande avanço social.

Ela também comemorou a aprovação pelo Senado, nesta semana, da proposta de emenda à Constituição (PEC 84/2015) de sua autoria, que proíbe a União de criar despesas aos demais entes federados sem prever a transferência de recursos para o custeio.  Como ressaltou a senadora, a proposta atende a reivindicação de estados e municípios, que alegam não ter como arcar com alguns programas criados pela União. A PEC foi enviada à Câmara dos Deputados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)