Janot abre sabatina defendendo parceria do MP com os três Poderes

Da Redação | 26/08/2015, 10h38

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, abriu sua participação na sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na manhã desta quarta-feira (26) com um discurso pregando a harmonia e parceria do Ministério Público com os três Poderes da República.

O procurador não citou nominalmente a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, mas disse que o órgão vem atuando em investigações importantes que exigem a cooperação do Executivo, Judiciário e Legislativo.

— Jamais pretenderia o MP se mostrar como ente especial na estrutura do Estado, muito menos desrespeitar os demais Poderes [...] O MP não é o único ente empenhado nesta caminhada. Tem ao seu lado o Parlamento e o Executivo e o Judiciário. Todos somos responsáveis por acertos e erros. Não me excluo dessa regra e ninguém pode fazê-lo — completou.

Ainda conforme Janot, o MP não pode sonegar à sociedade o resultado das investigações e haverá sempre o respeito à presunção de inocência.

Ele lembrou que, durante sua primeira sabatina, em 2013, assumiu o compromisso de combater a corrupção e dar transparência no andamento de processos, com a garantia de igualdade de tratamento a todos. "Pau que dá em Chico, dá em Francisco", afirmou, citando um ditado popular.

Ao justificar sua recondução, Janot disse que não quer permanecer no cargo por "satisfação de ego ou sofreguidão do poder".

— Francamente, não é isso que me move. Venho aqui após o reconhecimento de 799 colegas e ter sido indicado pela presidente da República  — afirmou.

A aprovação na CCJ é o primeiro passo para a recondução de Janot à frente da Procuradoria-Geral da República. Depois da comissão, o nome do procurador vai para Plenário, onde os 81 senadores podem votar. O atual mandato de Janot termina em 17 de setembro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)