Ana Amélia lamenta penúria do Rio Grande do Sul e pede novo pacto federativo

Preocupada com a situação dramática das contas públicas dos estados e, especialmente, do Rio Grande do Sul, a senadora Ana Amélia (PP-RS) defendeu um novo pacto federativo para melhor distribuir o dinheiro arrecadado, pela cobrança de tributos, entre a União, os estados e os municípios.

Segundo ela, a situação pode piorar ainda mais, pois, com a desaceleração da economia, a tendência é que haja queda na arrecadação. No caso do Rio Grande do Sul, disse Ana Amélia, a situação difícil obrigou o governo a parcelar os salários dos servidores.

Por causa dessa medida, acrescentou ela, hoje os servidores paralisaram serviços públicos essenciais: os ônibus estão sem circular; as escolas estão fechadas; e os bancos, por causa da limitação de atendimento da brigada militar e da polícia civil, operam, prioritariamente, por meio dos caixas eletrônicos.

Na sua opinião, outros motivos para a dificuldade nos caixas do governo gaúcho são a má gestão das contas e a falta de racionalização da máquina pública.

Ana Amélia disse que os governadores deixaram de ser gestores e passaram a ser administradores de dívidas, usando, inclusive, o dinheiro relativo a depósitos judiciais e o oriundo de empréstimos concedidos por bancos internacionais para custear a máquina pública, e não para novos investimentos.

Ela, no entanto, acredita que é preciso ter mais transparência para que a sociedade saiba a real situação das contas públicas.

— Que a sociedade conheça a contabilidade dessas contas públicas, focadas na gestão, na transparência e na boa governança. Sem esses pré-requisitos, não há possibilidade alguma de sucesso.

A senadora Ana Amélia afirmou, ainda, que a sociedade não aguenta mais pagar impostos. Por isso, ela sugeriu que todos os governos que estejam passando por dificuldades promovam ajuste nas contas públicas por meio do enxugamento da máquina pública, por exemplo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)