CPI da CBF terá Romário como presidente e Jucá como relator

Da Redação | 14/07/2015, 16h06

O senador Romário (PSB-RJ) foi eleito nesta terça-feira (14), por aclamação, presidente da CPI da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A CPI vai investigar denúncias de irregularidades que podem incluir as obras para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Romário, que propôs a criação da CPI, já havia manifestado o desejo de ocupar a relatoria, mas o posto ficou com o senador Romero Jucá (PMDB-RR). O nome do vice-presidente ainda não foi anunciado.

Na verdade, é uma combinação entre os maiores partidos. Independentemente de ser relator ou ser presidente nosso trabalho, vai ser em equipe. O gol não é fruto de um só jogador. A equipe são 11 e todos têm que jogar bola, ter o mesmo objetivo de trabalhar em equipe — disse o relator antes de elogiar a experiência de Romário.

Apesar de conformar que sua intenção era ocupar a relatoria, Romário destacou a importância da presidência da comissão. O senador disse que, realizada de maneira séria,  a CPI pode modernizar o futebol brasileiro. Romário reconheceu a importância da presidência de uma CPI, "principalmente da CPI do futebol".

— O mais importante é que eu estou 100% preparado para encabeçar uma mudança definitiva no nosso futebol — garantiu.

Reunião

A próxima reunião da comissão está marcada para depois do recesso parlamentar, no dia 4 de agosto. Até lá, Romário e Jucá discutirão o plano de trabalho da comissão. Uma reunião entre eles está marcada para esta quarta-feira (15) para começar esse planejamento.

Questionado sobre nomes que pretende investigar, Romário citou os ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira, que está sendo investigado pela Polícia Federal, e José Maria Marin, preso desde maio na Suíça acusado pela Justiça norte-americana de ter recebido subornos em território norte-americano. Romário também citou o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Ele também pretende pedir quebra de sigilo.

— Posso te afirmar que o trabalho passa por abrir o sigilo da CBF, de federações, de clubes, de dirigentes, de presidentes. Esse é o papel da CPI e eu tenho certeza de que esse papel, pelo menos no que se refere à minha parte, vou tentar fazer da melhor forma possível — disse Romário, que não descarta a possibilidade de que a CBF tente blindar as investigações.

Tanto Romário quanto Jucá confirmaram que pretendem pedir colaboração no exterior, especialmente do FBI. Para Jucá, os responsáveis por irregularidades precisam ser punidos, mas esse não é o único objetivo da comissão.

— A CPI vai investigar quem precisar investigar. Agora, o resultado da CPI não é só investigar; o resultado da CPI tem que ser propositivo. Nós temos um desafio: essa CPI tem que enquadrar quem cometeu algum tipo de crime, mas não basta isso, temos que melhorar o futebol brasileiro — disse o relator.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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