Senadores cobram mais atenção para a região Norte na expansão da banda larga

Da Redação | 07/07/2015, 14h19

O Brasil fechou o ano de 2014 com 56,8% de domicílios conectados à internet (31,2 milhões) de acordo com o Ministério das Comunicações. Até 2018, o Programa Banda Larga para Todos pretende garantir a 95% da população brasileira acesso à internet banda larga de qualidade por um preço acessível e velocidade média de 25 Megabits por segundo, chegando a 300 milhões de conexões fixas e móveis à internet.

Mas essa realidade ainda está distante. Atualmente, a banda larga brasileira tem velocidade média de 5 Mbps, com cerca de 197 milhões de acessos móveis e fixos. A velocidade e o acesso são mais precários na Região Norte, conforme relataram senadores durante a audiência pública promovida nesta terça-feira (7) pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

— O Plano Nacional de Banda Larga está avançando, está evoluindo, mas eu tenho sido insistente em relação a essa expansão, a esse cuidado na região Norte. Todos os senadores da região reclamam muito aqui, porque a gente observa que a prioridade são sempre as regiões metropolitanas — disse Ângela Portela (PT-RR).

Telmário Mota (PDT-RR) endossou a crítica:

— Nós temos uma carência imensurável. Alguns municípios estão sem comunicação — disse.

Para contornar o problema, o governo aposta na ampliação da rede de fibra ótica terrestre, no lançamento de mais um satélite em 2016 (que começará a ser operado em 2017)  e na instalação de 8 mil quilômetros de fibra ótica subaquática nos leitos dos rios da região amazônica.

— Os recursos para investimento do satélite estão absolutamente mantidos, os investimentos para aumentar a capilaridade das nossas redes de fibras óticas também estão assegurados assim como os recursos para nosso cabo submarino. Apesar de vivermos um período de grandes restrições fiscais no país, o que eu registro é que, dado o fato que banda larga é prioridade do governo, ele não sofreu nenhum tipo de sanção – disse  o presidente da Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras) em resposta a uma pergunta do senador Lasier Martins (PDT-RS).

O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, acredita que avançar no acesso e na velocidade da banda larga é estratégico para o país:

— Para a economia, existe um grande conjunto de estudos que dizem que dobrar a velocidade média da internet, no país, pode acrescentar 0.3% ao PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro – observou o secretário.

O debate, sugerido pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), foi presidido pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)