Resultado de plebiscito grego terá consequências para o Brasil e o mundo, diz Cristovam

Da Redação e Da Rádio Senado | 06/07/2015, 15h59

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou nesta segunda-feira (6), em Plenário, que o plebiscito realizado no domingo na Grécia, em que os eleitores rejeitaram as exigências feitas pelos credores em troca de ajuda ao país, tem consequências futuras para o Brasil e o mundo.

Ele disse que os gregos tenham rejeitado as medidas impostas pelos credores, mas advertiu que a austeridade é inevitável, porque, nos últimos anos, a Grécia gastou mais do que podia.

Cristovam Buarque afirmou que o povo grego escolheu uma austeridade soberana, que será marcada pelo aumento da inflação. E isso, a seu ver, vai prejudicar principalmente os mais pobres.  O senador entende que melhor seria uma austeridade negociada, que afetasse mais quem tem mais recursos e gasta mais e que tivesse por objetivo o consumo sustentável e um estilo de vida melhor.

Para Cristovam Buarque, o plebiscito da Grécia deixa clara a necessidade mundial de uma grande discussão sobre os conceitos de progresso e estilo de vida, já que os atuais, em sua opinião, não têm futuro e não se sustentam mais porque estão baseados na ideia de que quem tem mais renda e consome mais é feliz.

— Agora, gente vai ter que redefinir progresso. Faz 200 anos, inventamos a ideia de que progresso é sinônimo de produzir mais e consumir mais e não de viver melhor. Precisamos de um novo rumo, e a Grécia deu o primeiríssimo passo para a gente pensar em como fazer a reorientação do conceito de progresso e estilo de vida. Por coincidência, a mesma Grécia, há 2500 anos, inventou essa ideia de progresso.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)