Jovens negros e pobres são os que mais sofrem com violência em Roraima

Da Redação | 03/07/2015, 12h23

A CPI do Assassinato de Jovens está reunida em audiência pública na Assembleia Legislativa de Roraima, na manhã desta sexta-feira (3), para analisar o problema da violência contra a juventude no estado. A iniciativa partiu do senador Telmário Mota (PDT-RR) e da senadora Ângela Portela (PT-RR), que estão acompanhados de Lindbergh Farias (PT-RJ) e de Lídice da Mata (PSB-BA).

A exemplo do que acontece no restante do país, jovens negros e pobres são as maiores vítimas da violência na capital e no interior de Roraima. Segundo Telmário Mota, do total de brasileiros mortos violentamente todo ano, 53% são jovens. Destes, 77% são negros, sendo 93% do sexo masculino.

Alguns dos participantes reivindicaram mais investimentos em políticas públicas de prevenção à criminalidade. Já o presidente da seccional roraimense da Ordem do Advogados do Brasil (OAB), Jorge da Silva Fraxe, reclamou da recente decisão da Câmara a favor da redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, nos casos de crimes hediondos, como estupro, extorsão mediante sequestro, latrocínio e homicídio qualificado. Para ele, a decisão teve "viés eleitoreiro" e vai contribuir ainda mais para a "carnificina de jovens".

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o assassinato de jovens no Brasil foi instalada em 6 de maio e tem 180 dias de prazo para funcionamento. A senadora Lídice da Mata é a presidente, Paulo Paim (PT-RS) é o vice e Lindbergh Farias, o relator.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)