Presidente do Senado quer envolvimento da sociedade na reforma política

Da Redação | 25/06/2015, 15h52

O Senado vai ouvir os demais poderes da República, instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ex-presidentes do país, além da própria sociedade para buscar o modelo mais adequado de reforma política. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, que, junto com os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Romero Jucá (PMDB-RR), tratou da reforma com a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (25).

O senador Renan Calheiros disse que Dilma ficou bastante interessada na proposta e dará apoio às mudanças.

— Nós colhemos pontos de vista. Ela ficou entusiasmada com a possibilidade de somar esforços neste propósito de transformação da política brasileira. Nós vamos dar continuidade a esse processo de mobilização — afirmou Renan.

Antes da reunião com a chefe do Executivo, os senadores já haviam se encontrado com representantes do Judiciário. Na quarta-feira (24), a Comissão Especial da Reforma Política foi recebida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e na terça-feira (23), um jantar reuniu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, os ministros do STF com assento no TSE, Luiz Fux e Gilmar Mendes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

— Todos os poderes vão colaborar. Essa é uma questão mais do Legislativo, mas precisamos acertar até onde podemos ir com a mudança na Constituição e as alterações na legislação infraconstitucional. É preciso uma conversa permanente com o Judiciário e com o Executivo. Eu acho que o fracasso nas outras tentativas de mudança na política deveu-se à falta de esforço no envolvimento de todos os Poderes da República. Essa é uma oportunidade de fazê-lo — defendeu Renan Calheiros.

O presidente da Comissão Temporária da Reforma Política, senador Jorge Viana (PT-AC), também ressaltou a importância de agregar outros atores a essa discussão. Ele disse que, embora a tarefa de mudar as leis seja uma atribuição do Parlamento, é preciso ouvir todos.

— Estamos otimistas, achamos que o momento é este. É um momento especial. O trabalho está sendo feito de maneira suprapartidária e também levando em conta as instituições e os outros poderes — disse Jorge Viana.

Comissão

O primeiro encontro formal de trabalho da comissão da reforma política está marcado para a próxima terça-feira (30). O relator do grupo, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a partir daí as reuniões serão diárias, sempre no começo da tarde. Ainda segundo Jucá, tão logo as propostas sejam aprovadas na comissão, elas serão encaminhadas para votação no Plenário do Senado.

— Estamos discutindo uma reforma política para as próximas eleições. O momento político atual não interfere. A discussão aqui é uma discussão pautada para o futuro — afirmou Jucá.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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