Ana Amélia cobra regulamentação da norma que prorroga financiamento de caminhões

Da Redação e Da Rádio Senado | 24/06/2015, 16h14

A senadora Ana Amélia (PP-RS) cobrou do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a regulamentação da norma que prorroga, por 12 meses, o vencimento de parcelas relativas ao financiamento de caminhões. A medida foi anunciada em março e faz parte de um pacote de iniciativas adotadas pelo governo para atender reivindicações dos caminhoneiros que paralisaram as atividades por melhores condições de trabalho.

Ana Amélia lembrou que, enquanto o BNDES não regulamenta a matéria, as prestações do financiamento dos caminhões junto ao banco continuam vencendo. Esse fato, diante do cenário de crise econômica, complica ainda mais a vida dos caminhoneiros, alertou Ana Amélia, acrescentando que no Rio Grande do Sul o transporte terrestre de cargas caiu 30%.

Além da crise, outro motivo para a queda, segundo ela, é justamente a falta de regulamentação da lei, que obriga os caminhoneiros em dificuldade a se desfazerem de seus caminhões ou deixarem a atividade. A senadora citou casos de caminhoneiros que foram ao banco com toda a documentação necessária para prorrogar o prazo do financiamento e nada conseguiram por causa da omissão do BNDES.

- Nós estamos em junho, virando para julho. Então, quase cinco meses de espera. Eu penso que a equipe técnica do BNDES está qualificadíssima para fazer isso. Presidente Luciano Coutinho, por favor, lembre-se dessa questão política, desse entendimento, desse acordo com os caminhoneiros, porque depois, quando a categoria parar de novo, ela terá motivos para não acreditar que o acordo será cumprido — alertou a senadora.

Formação de professores

A senadora Ana Amélia lamentou que o governo tenha cortado 90% do orçamento de programas de formação de professores.

Segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação responsável pelo programa institucional de bolsa de iniciação à docência e pelo plano nacional de formação de professores da educação básica, das 80 mil bolsas disponíveis, 70 mil foram suspensas.

Para Ana Amélia, esses cortes comprometem a formação de professores e enfraquecem o compromisso do Programa Pátria Educadora anunciado pelo governo para o segundo mandato da presidente da República, Dilma Rousseff.

- A Capes precisaria, até o fim do ano, de no mínimo 378 milhões de reais. O caixa atual, porém, não passa de 84 milhões de reais. Com os cortes, vai faltar dinheiro para pagar essas bolsas e, mais uma vez, a educação brasileira pagará a conta da questão orçamentária atual — lamentou a senadora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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