Em dez anos, Senado reduz consumo de combustível pela metade

Da Redação | 05/06/2015, 17h39

O gasto de combustível dos veículos oficiais do Senado caiu quase 50% em dez anos. De acordo com a Coordenação de Serviços Gerais, responsável pela gestão das atividades de transportes na Casa, o consumo anual caiu de 499.912 litros em 2004 para 256.212 litros em 2014. O volume leva em consideração a soma do consumo de gasolina, álcool, biodiesel e, até 2006, óleo diesel fóssil.

O combustível mais consumido e maior responsável pela economia é a gasolina, cujo gasto caiu de 411.756 para 186.220 litros por ano. A queda foi superior a 225 mil litros anuais.

Segundo o coordenador de Serviços Gerais, Cássio Murilo Rocha, a redução é fruto de uma série de medidas administrativas adotadas pelo Senado. Entre elas, a substituição dos automóveis de propriedade da Casa pela contratação de veículos alugados.

Atualmente, o Senado conta com quatro contratos para atender a presidência, os senadores, a Polícia do Senado e a área administrativa, que também teve redução de frota. A área, que já chegou a possuir mais de 100 carros, atualmente tem 38 para atender suas demandas.

A decisão da Mesa de reduzir as cotas dos gabinetes também teve impacto. O Ato da Comissão Diretora nº14, de 2013, alterou a regra que estabelecia o teto de 25 litros diários para 300 litros de gasolina ou 420 de álcool por mês.  Com isso, foi alcançada uma redução de 150 e 80 litros mensais por gabinete, respectivamente. A mesma norma estabeleceu o recolhimento dos carros oficias nos fins de semana, diminuindo significativamente a circulação dos veículos nesses dias.

Além das medidas normativas, foram adotados novos procedimentos no dia a dia. As demandas, que também podiam ser feitas por telefone, passaram a ser feitas obrigatoriamente pela intranet, com registro de motivo e destino, e comunicação automática à chefia de quem faz o pedido.

— Passamos a concentrar as demandas semelhantes em atendimento único para atender várias áreas simultaneamente. Também buscamos, em conjunto com as unidades, uma maior racionalização para evitar várias saídas — detalhou Cássio.

O coordenador acrescentou que outra providência adotada foi estimular o uso de automóveis com motores de menor  cilindrada e potência, que rodam mais quilômetros por litro. A opção foi usada como alternativa pela então ausência de critérios objetivos. A exigência de mais eficiência energética será incluída na próxima licitação com critério mais objetivo: a especificação pedirá carros classificados apenas com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia A e B, numa escala que vai até a letra E, no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, do Inmetro.

Com a redução da quantidade de documentos produzidos em papel, depois da implementação do processo eletrônico no início de maio, a expectativa é que a economia ainda aumente neste ano.

— Ainda não fechamos o balanço, mas já observamos uma queda significativa de solicitações para o transporte de processos — antecipou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)