Cristovam faz sugestões para GDF sair da armadilha da crise fiscal

Da Redação | 29/05/2015, 12h06

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu ao Governo do Distrito Federal (GDF) ações criativas e de baixo custo para melhorar a educação, que podem ser adotadas mesmo em momento de crise fiscal. O parlamentar reconheceu os esforços do governador Rodrigo Rollemberg em superar o déficit herdado da administração anterior, mas alertou para o risco de o governo ficar preso na armadilha da dificuldade fiscal.

— Não adianta fingir que não estamos em séria crise fiscal, mas não podemos ficar presos na armadilha — alertou, ao apontar caminhos para melhorar a educação pública em Brasília.

Ele sugeriu, entre outras medidas, a criação de uma faculdade de educação do DF, para incentivar os jovens para as carreiras do magistério. Propôs ainda uma escola superior para formação de gestores das escolas, o que não requer recursos adicionais, disse ele, pois pode ser implantada em prédios existentes e com professores do quadro atual.

— É importante que o diretor seja escolhido por seus colegas e pelos pais de alunos, mas como combinar a competência com a democracia? Cria-se uma escola de gestão e quem sonhar em um dia ser diretor de escola, faz o curso. Na hora que tiver o diploma, pode se candidatar, aí os colegas votam, mas só em quem fez o curso — sugeriu ele.

Cristovam também propôs a adoção de um trabalho de fim de curso para os alunos do ensino médio e incentivos para levar cientistas brasileiros para dentro das escolas. Nesse sentido, ele citou projeto de sua autoria (PLS 224/2012), que obriga o pesquisador que recebe bolsa de estudos com recursos públicos a prestar serviços de informação científica e educacional em escolas públicas de educação básica.

— Não estamos usando a inteligência para formular coisas que melhorem a vida do povo sem gastar mais dinheiro no momento. A saída para crise fiscal não pode paralisar o país. Vamos sair da armadilha, respeitando a aritmética fiscal e financeira, para que não caiamos na inflação, mas sem perder os sonhos — concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)