'Nada neste país é mais fiscalizado que o Sistema S', diz Adelmir Santana

Sergio Vieira | 28/05/2015, 10h58

Em reunião conduzida pelo vice-presidente do colegiado, Ataídes Oliveira (PSDB-TO), a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) realiza uma audiência que discute os mecanismos de prestação de contas e de transparência de todo o "Sistema S", que congrega entidades como o Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Um dos convidados, o ex-senador e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Adelmir Santana, afirmou que "talvez não existam instituições tão controladas e fiscalizadas" quanto as do Sistema S.

— Além de nossos próprios conselhos, somos auditados por empresas como a KPMG, além do controle constitucional da CGU (Controladoria Geral da União) e do TCU (Tribunal de Contas da União).

Santana reiterou ainda que as entidades não possuem uma maioria de representação em nenhum dos conselhos fiscais, tanto a nível nacional quanto regionais. São apenas 2 representantes indicados pelas entidades, sendo 4 indicados pelos governos federal e estaduais e outros 3 representantes da classe trabalhadora.

— E quase sempre a presidência fica com o representante do governo — diz.

O vice-presidente da CNC chamou atenção ainda para o que considera a "forte atuação social" das entidades.

— Só no ano passado o Senac fez mais de 2 milhões e 700 mil atendimentos, sendo quase duas milhões de matrículas gratuitas. Já o Sesc atendeu quase 6 milhões de pessoas, até na área da saúde.

Santana informou também que as entidades forneceram mais de 41 toneladas de refeições gratuitas e que levantamentos feitos pelo governo comprovam a "alta empregabilidade" dos que têm formação no Sistema S.

Outro participante da audiência, o também vice-presidente da CNC Josias Albuquerque, lembrou que os balanços elaborados pelos conselhos fiscais são sempre relatados por indicados pela representação dos trabalhadores.

A atuação do "Sistema S" foi elogiada durante a reunião pelos senadores Blairo Maggi (PR-MT), Benedito de Lira (PP-AL), Douglas Cintra (PTB-PE) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).

— Foi quem qualificou a mão-de-obra para o salto econômico que deu Pernambuco nos últimos anos, na reindustrialização e o grande crescimento no setor de serviços — afirmou Bezerra.

A diretora-executiva do Sest/Senat (Serviço Nacional do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), Nicole Goulart, disse que suas entidades realizaram no ano passado mais de 7 milhões de atendimentos e capacitaram cerca de 1,5 milhão de trabalhadores, "tudo de graça".

A audiência foi solicitada pelo senador Ataídes Oliveira, que afirmou que esta é apenas a primeira de uma série de reuniões visando o aprimoramento das entidades.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)