Paim lê manifesto das centrais sindicais contra ajuste fiscal

Da Redação | 26/05/2015, 09h49

Na abertura dos trabalhos da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) desta terça-feira (26), o presidente do colegiado, Paulo Paim (PT-RS), leu um manifesto de 25 centrais e confederações trabalhistas que pedem ao Senado a rejeição das medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que fazem parte do ajuste fiscal proposto pelo governo.

De acordo com Paim, as organizações representam cerca de 40 milhões de trabalhadores, e a rejeição deve se dar pelo conteúdo das MPs serem "um grave ataque aos direitos previdenciários e trabalhistas de todos que atuam no campo e na cidade".

O manifesto ainda lembra que nem mesmo a possibilidade de fim do fator previdenciário, incluído pelos deputados na MP 664, justifica a aprovação do texto. As centrais lembram que o governo sinaliza com o veto da proposta, o que no entender das entidades dificultaria sua derrubada pelo Congresso.

A reunião de hoje da CDH é uma audiência pública que discute o desaparecimento de crianças e adolescentes.

Também na abertura, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) voltou a pedir apoio a seu projeto que obriga as TVs a incluírem, durante um minuto por dia, fotos de crianças desaparecidas (PLS 110/2014). Ele informou que vai pedir ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para que a TV Senado seja a primeira a tomar esta iniciativa de forma voluntária.

O primeiro a falar durante a audiência foi o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, que lembrou que o desaparecimento de crianças e jovens é uma condição gravíssima, ligado ao crime organizado, à exploração sexual e ao tráfico de órgãos.

Segundo números apresentados pelo médico, some no país uma criança a cada 15 minutos, e as delegacias precisam ser estruturadas para iniciarem a busca o mais rapidamente assim que o desaparecimento é notificado.

A audiência é interativa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)