Jorge Viana diz que Congresso pode piorar sua imagem com uma reforma política equivocada

Da Redação | 26/05/2015, 17h04

O senador Jorge Viana (PT-AC) alertou para a possibilidade de o Congresso Nacional, com baixo índice de aprovação pela sociedade, piorar ainda mais a sua imagem com os debates e votações da reforma política.

Ele lamentou que em vez de discutir propostas que acabam com o financiamento privado de campanha, que criminalizam o caixa dois eleitoral e que põe fim às coligações partidárias, a Câmara dos Deputados pretenda votar projetos que podem piorar o modelo vigente.

Jorge Viana citou, como exemplo, a provável votação do projeto que institui o chamado "distritão", sistema pelo qual os candidatos mais votados ao Legislativo são os eleitos, descartando-se os votos dados aos que não forem eleitos.

Isso, na opinião do senador, retira a importância do voto em legenda, além de gerar discórdias dentro dos partidos por causa da briga pelos votos.

Ele lamentou ainda as propostas que acabam com a reeleição.

Para Jorge Viana, é preciso fazer uma reforma séria, de modo a resgatar a atividade política, impedir a corrupção e punir os que descumprirem a lei.

- Lamentavelmente, o nosso país vive um momento de quase desmoralização da atividade política. Quem ganha [a eleição], ganha sob suspeição; quem perde, acha que perdeu porque houve fraude. E as eleições não têm fim, são judicializadas. Quem ganha, assume e depois é cassado e a população, os eleitores, que são a essência, a base da democracia representativa, ficam em dúvida se valeu a pena participar do processo eleitoral - desabafou o senador.

Transporte público Cruzeiro do Sul

Jorge Viana prometeu apresentar emenda ao Orçamento da União para destinar dinheiro para o plano de mobilidade urbana de Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Acre, caso a prefeitura decida implementar tal projeto. Ele fez a promessa depois de visitar a cidade.

O senador afirmou que é preciso fortalecer o transporte coletivo e atividades de taxistas e mototaxistas.

- Sem planejamento, sem organização, a população é que sofre, que fica sem ter atendido o artigo 5º da Constituição, que garante o direito de ir e vir das pessoas - disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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