Aloysio Nunes Ferreira contesta informações em pronunciamento de Dilma

Da Redação e Da Rádio Senado | 05/05/2015, 18h06

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) refutou algumas informações contidas no pronunciamento que a presidente Dilma Rousseff fez aos trabalhadores nas redes sociais por ocasião do Dia do Trabalho.

Segundo o senador, a presidente afirmou que o salário mínimo cresceu 14,8% acima da inflação no seu primeiro governo. Ele explicou, no entanto,  que o crescimento real do mínimo vem desde o governo Fernando Henrique que, em sua primeira gestão, garantiu ganhos de 30,5% para o mínimo acima da inflação, mais que o dobro dos ganhos obtidos durante o governo de Dilma.

Aloysio Nunes Ferreira também alertou que, diante do baixo nível da atividade da economia, as perspectivas de reajuste do salário mínimo são muito negativas no futuro próximo. Ele explicou por quê:

— O reajuste do salário  mínimo é, em grande parte, dependente do crescimento passado. E se Brasil está engatinhando, se o Brasil vai crescer – crescer é maneira de dizer - vai encolher, segundo todas as projeções neste ano sua economia vai encolher e, evidentemente, também o salário mínimo vai encolher. E ao encolher o salário mínimo se encolhem todos os benefícios sociais que são a eles atrelados, especialmente a aposentadoria dos trabalhadores.

Aloysio Nunes Ferreira também criticou a presidente por ter citado, entre os benefícios concedidos por seu governo aos trabalhadores, a correção da tabela do Imposto de Renda em 6,5%.

— Esse imposto incide sobre a renda, e se a renda do trabalhador encolhe por conta da inflação, a retenção do imposto também tem que cair — afirmou o senador.

Ele reclamou ainda que a presidente Dilma Roussef nada comentou sobre as medidas provisórias que, em sua opinião, retiram direitos dos trabalhadores. Uma dessas MPs dificulta o acesso ao seguro desemprego num momento em que o desemprego aumenta, observou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)