'Governo deve retomar obras paralisadas', diz Wellington Fagundes

Da Redação | 24/04/2015, 13h39

Ao comentar a sanção presidencial à Lei Orçamentária de 2015, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) afirmou que o governo federal deve gastar os recursos com sabedoria e, principalmente, direcionando o foco para as obras já iniciadas.

— Precisa começar a priorizar as obras que foram começadas e tem que ser concluídas, o prejuízo para população é ainda maior [ao abandoná-las] — disse.

Na avaliação do senador, toda obra paralisada traz prejuízo, deixá-las inconclusas leva a desgastes e avarias sérios que muitas vezes inviabilizam sua continuidade, e refazê-las acaba custando mais caro ainda. Ele pediu atenção especial às obras das rodovias de Mato Grosso, que, por ser campeão brasileiro de produção de commodities agrícolas, enfrenta muitos problemas para exportar a produção e importar insumos.

As obras da BR-163, por exemplo, estão paradas por falta de repasses, o que gera outro problema grave: demissões de trabalhadores das pequenas cidades e desmantelamento das empresas menores que dependem desses recursos. Por isso, ele pediu sensibilidade por parte da equipe econômica, para estimular a manutenção dos postos de trabalho. O senador também pediu celeridade na nova licitação a ser realizada para a recuperação da BR-174, uma obra importante que, com seu auxílio ainda como deputado, foi federalizada.

Caminhoneiros

Wellington Fagundes também demonstrou preocupação com a greve dos caminhoneiros. Em sua avaliação, o problema é em parte causado pelo estímulo que o governo federal deu à indústria automobilística nos últimos anos. Teria ocorrido a compra desordenada de caminhões e agora, com o excesso de oferta de fretes, não há volume de carga suficiente para suprir a demanda. Isso leva à inadimplência dos financiamentos, o que também é grave.

— Tem uma concorrência predadora, o que causa dificuldade para quem comprou os caminhões — disse.

O senador também pediu que a equipe econômica promova o diálogo com a categoria, para que a população não seja muito prejudicada e não ocorra desabastecimento ou paralisação da indústria.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)