Lindbergh identifica novo patamar nas relações entre Estados Unidos e América Latina

Da Redação | 16/04/2015, 14h14

O término da Guerra Fria nas Américas e a nova política dos Estados Unidos em relação a Cuba tendem a recolocar a relação da América Latina com a América do Norte "num patamar bem diferente, muito mais rico e cooperativo". O ponto de vista foi manifestado no Plenário nesta quinta-feira (16) pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

O parlamentar expressou sua confiança de que a política dos EUA para a América Latina não será mais ditada pelos "interesses anacrônicos e paroquiais de um pequeno grupo de exilados cubanos e por dinossauros ideológicos incrustados no Departamento de Estado".

O senador celebrou também a reparação de uma "injustiça histórica" — a decisão do presidente Barack Obama de remover Cuba da lista do governo norte-americano de nações que patrocinam o terrorismo. A decisão final depende agora do Congresso norte-americano.

Entretanto, Lindbergh advertiu que o Brasil não pode regredir no Mercosul, em nome de "um livre-cambismo quimérico, como desejam alguns". O senador afirmou que o Brasil não pode voltar aos sepultados tempos da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), "que ameaça ressurgir na forma de acordos bilaterais de livre comércio".

— Não podemos regredir na integração regional. Ao contrário, precisamos fazer avançá-la ainda mais — disse.

O parlamentar também prestou uma homenagem ao escritor uruguaio Eduardo Galeano, falecido recentemente e considerado por Lindbergh como "o homem que mais amou a América Latina".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)