Vicentinho Alves: carreira política de sucesso depende de vocação e 'boa causa'

Da Redação | 24/03/2015, 14h04

O senador Vicentinho Alves (PR-TO) afirmou, em evento para deputados estaduais na segunda-feira (23), que o segredo para uma carreira política de sucesso é ser movido pela vocação e por uma “boa causa”. Como exemplo, citou personalidades estrangeiras, como Winston Churchill, Gandhi e Mandela, e brasileiras, como Ulysses Guimarães e Rui Barbosa.

— Eles provam que uma carreira política não se faz com lógica, mas pela experiência. Pelo acertar e errar em nome de uma boa causa. E, não tenho dúvidas, a boa causa que nos une a todos, neste auditório, é a causa do Brasil e de sua gente — disse aos participantes do 2º Seminário de Assuntos Parlamentares.

O evento foi promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) com apoio do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), do Senado, e da Associação Brasileira de Escolas do Legislativo e de Contas (Abel).

Ao comentar a trajetória de Ulysses Guimarães (1916-1992), Vicentinho lembrou que o ex-presidente da Câmara dos Deputados nunca foi prefeito, governador ou presidente, apesar de muitos considerarem a experiência em cargo executivo condição obrigatória para determinar o sucesso de uma carreira política.

— Alguém pode dizer que [Ulysses] não foi líder? Alguém pode dizer que não foi respeitado? Alguém dirá que não foi poderoso? Foi poderoso porque teve o povo ao seu lado. Foi respeitado porque honrou a confiança que recebeu. Foi líder porque conduziu a travessia até a democracia — explicou Vicentinho, lembrando que Ulysses foi derrotado na disputa pela Presidência da República em 1989.

O senador também lembrou Rui Barbosa, que embora tenha disputado a Presidência sem sucesso mais de uma vez, foi essencial na elaboração da primeira Constituição republicana do país (1891) e inscreveu seu nome na história.

Entre as figuras internacionais, Vicentinho Alves mencionou a jovem paquistanesa Malala Yousafzai, que se tornou conhecida por defender o direito das meninas à educação, contra os ditames do Talibã, sem exercer nenhuma função política. Em 2012, aos 15 anos, foi vítima de um ataque a bala, mas sobreviveu e seguiu erguendo suas bandeiras.

— Ainda não fez 18 anos e já é Prêmio Nobel da Paz e move multidões por todo o planeta para ouvir suas palavras. É ou não é uma política? Onde, porém, está o seu cargo? Onde, porém, está o seu mandato? — disse o senador.

O ministro Marcou Aurélio, do STF, também prestigiou o seminário. Ele recomendou um “banho de ética” para os homens públicos do país e defendeu o fortalecimento do Poder Legislativo. O seminário incluiu uma série de palestras para capacitação de deputados estaduais e assessores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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