Randolfe denuncia empresa por irregularidades no Amapá

Da Redação | 10/03/2015, 21h28

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) denunciou, ao discursar no Plenário na noite desta terça-feira (10), o que chamou de “crimes e graves irregularidades” de uma empresa que explora minério de ferro no Amapá. Conforme informou o senador, a empresa Zamin Amapá Mineração S.A. decidiu fechar as atividades de exploração no estado, deixando dívidas com o fisco estadual e com os municípios de Serra do Navio e de Pedra Branca.

Segundo o senador, foram fechados 700 empregos diretos e cerca de 5 mil indiretos. A empresa também estaria devendo os direitos trabalhistas e não teria recolhido o FGTS dos empregados. Randolfe lembrou que, em 2013, o porto fluvial de transporte de minérios usado pela Zamin afundou, causando a morte de seis operários. Segundo ele, até hoje as famílias não foram indenizadas e as circunstâncias do acidente não foram esclarecidas.

Randolfe disse ainda que há informações de que a empresa tem 4,5 milhões de toneladas de minérios já vendidas e não entregues. A Zamin ainda detém a concessão da estrada de ferro do estado. Para o senador, essa concessão deveria ser anulada e o estado deveria realizar uma nova licitação. Ele acrescentou que já representou contra a empresa no Ministério Público e disse esperar providências da Polícia Federal para investigar o possível crime de evasão de divisas.

— Faço questão de deixar aqui esse alerta para as autoridades do país e do meu estado. O povo do Amapá ficou na miséria e com a dívida deixada pela empresa — lamentou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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