Dia da Mulher motiva reflexões e homenagens em Plenário

Da Redação | 06/03/2015, 13h21

O Dia Internacional da Mulher, a ser celebrado no domingo (8), motivou reflexões e homenagens em Plenário nesta sexta-feira (6). Houve menção às dificuldades que as mulheres enfrentam no cotidiano, mas também referências aos avanços da presença feminina em diferentes campos, como nas carreiras de Estado. A falta de espaço para a mulher na política foi criticado.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) destacou que a mulher enfrenta embaraços por conta das tarefas acumuladas, como dona de casa, mãe, esposa e profissional. Ela ressaltou não ser prática no país a divisão de tarefas com o companheiro, o que revela o viés ainda machista da sociedade.

Apesar disso, destacou os avanços no campo profissional, inclusive em carreiras de prestígio na esfera estatal. Ao classificar a participação na política como necessária e fundamental, observou que, para as mulheres, a atividade ainda é “perversa”.

— A mulher tem muito receio de entrar em uma área de risco. E política também é de alto risco. Risco de enfrentar um ambiente hostil, de enfrentar escândalos, questões relacionadas à corrupção — disse.

Ana Amélia considerou a eleição da presidente Dilma Rousseff um marco para o empoderamento das mulheres no país. Citou também a liderança exercida por de Michelle Bachelet, no Chile, Violeta Chamorro, na Nicarágua, e Cristina Kirchner, na Argentina.

Ao elogiar a atuação feminina na política, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) destacou o pioneirismo da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, que liderou o Reino Unido entre 1979 e 1990. De acordo com ele, Thatcher mostrou que as mulheres podiam galgar posições até então inimagináveis.

— Hoje há mulheres presidindo nações, mulheres governando estados, mulheres presidindo grandes corporações, mulheres presidindo grandes indústrias, mulheres no Parlamento, no Senado, na Câmara. Enfim, as mulheres hoje podem tudo — disse Raupp.

Feminismo

Jorge Viana (PT-AC) relembrou as raízes do movimento feminista, iniciado a partir de uma reivindicação, nos estados Unidos, contra a jornada de 16 horas de trabalho diárias. Comentou recente aprovação de projetos que beneficiam as mulheres, como o que dá às mães os mesmos direitos dos pais no registro do nascimento de um filho (PLC 16/2013) e o que veda as revistas íntimas no serviço público (PLC 2/2011).

O senador reconheceu, contudo, que muito ainda precisa ser feito. Como exemplo, citou a necessidade de se garantir a equiparação salarial entre mulheres e homens que desempenham as mesmas funções.

Viana homenageou as milhares de mulheres que estão neste momento abrigadas em lugares sem qualquer conforto na capital do Acre, Rio Branco — vítimas da pior enchente da história. A presidente Dilma e as senadoras da República também foram parabenizadas por Jorge Viana pelo Dia Internacional da Mulher.

Na avaliação do senador Paulo Paim (PT-RS), apesar de avanços perceptíveis na busca pela igualdade de gênero, a mulher ainda se encontra em situação inferiorizada. Segundo Paim, por trás do mito do brasileiro cordial, existe um cotidiano de violência doméstica que destrói famílias e expõe o desrespeito à mulher.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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