Empreendedorismo das mulheres é tema de encontro no ILB

Da Redação | 04/03/2015, 21h20

Mulheres de diversos campos de atuação foram convidadas a dialogar e contar suas experiências sobre o empreendedorismo e a conciliação entre o trabalho profissional e a rotina da casa no encontro "Mulheres que Fazem Acontecer". O evento, realizado no auditório Senador Antonio Carlos Magalhães, no Interlegis, foi organizado pela Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, com o apoio do Instituto legislativo Brasileiro (ILB).

Júlio Gregório Filho, secretário de Educação do Distrito Federal, foi o único homem da mesa, composta por mais cinco mulheres. Ele ressaltou que atuou como professor por 34 anos e pôde, durante esse período, notar a ascensão que se verificou, tanto em quantidade quanto em qualidade, na participação da mulher dentro das escolas.

— Quando tivemos o ensino médio unificado, eu pude ver que as meninas realmente acabavam se sobrepondo em desempenho e compromisso em relação aos meninos, razão pela qual estão, cada dia mais, conquistando espaços na sociedade elogiou Júlio.

Para a secretária adjunta de Políticas para Mulheres da Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres do DF, Cleide Lemos, o evento serve para ampliar as vozes das mulheres, que ainda lutam por uma inclusão igualitária, respeito, direitos iguais e espaço no mercado de trabalho.

— A grande dificuldade enfrentada é a discriminação, o desrespeito, a falta de entendimento de que uma pessoa bem qualificada, com boa educação, merece estar à frente de qualquer posição, independente do sexo, do gênero, da raça — disse ela.

Nos painéis, a fundadora do laboratório Sabin, Janete Vaz, e a estilista e criadora da marca Apoena, reconhecida internacionalmente pelos bordados, Katia Ferreira, deram depoimentos sobre duas experiências de sucesso envolvendo empreendimentos criados e geridos por mulheres. Também houve palestras sobre processos de inovação, ideias, estratégias de marketing e pesquisas realizadas por empresas administradas por mulheres. As palestrantes foram Adriana Rodrigues, executiva da Apex Brasil; Gilane Lima, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco; e Raissa Lima, consultora e professora de Empreendedorismo na Universidade de Brasília (UnB).

O evento trouxe ainda dois exemplos de empreendedorismo cultural, com a banda de percussão Maria Vai Casoutras, formada exclusivamente por mulheres, e a cantora Fernanda Cabral, que encerrou o encontro com uma pequena apresentação de seu repertório.

Fábio Renato da Silva, chefe do Serviço de Fomento à Pesquisa e Extensão do ILB, explicou que é importante ampliar a parceria, intensificando a interlocução do instituto com outros pensadores e formadores de opinião sobre interesses legislativos relativos à igualdade de gêneros.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)