Eduardo Amorim considera “perversa” defasagem da tabela do Imposto de Renda

Da Redação e Da Rádio Senado | 03/03/2015, 16h36

O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) criticou o governo por insistir em reajustar a tabela do Imposto de Renda em 4,5% em vez dos 6,5% aprovados pelo Congresso no ano passado, na tramitação da MP 656/2014.

Para Amorim, a decisão do governo não é justa porque, na prática, significa que mais pessoas vão pagar mais imposto de renda. Além disso, segundo o senador, o reajuste pretendido pelo governo é menor que a inflação do ano passado, próxima a 6,5%.

Eduardo Amorim afirmou que a decisão do governo vai onerar ainda mais o brasileiro, que hoje trabalha cinco meses apenas para pagar impostos. Nas décadas de 1970 e 1980, eram necessários apenas 2 meses e 16 dias de trabalho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.

— O próprio Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais chama a atenção para o ponto de que a correção deveria acompanhar a inflação, o que não vem acontecendo desde 1996. E esse descompasso entre os valores da tabela e a inflação já chega a uma defasagem de 64%. É perverso.

Eduardo Amorim disse ainda que, segundo a Organização para a  Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil tem a segunda maior carga tributária da América Latina, menor apenas que a da Argentina.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)