Ataídes Oliveira pede rejeição da MP 669/2015, que aumenta encargos da folha de pagamento

Da Redação e Da Rádio Senado | 03/03/2015, 18h17

O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) espera que o Congresso Nacional rejeite a Medida Provisória 669/2015, que aumenta encargos da folha de pagamento. Em sua opinião, essa MP vai desestimular ainda mais os empresários, que já sofrem com a falta de estímulos ao setor produtivo.

O senador explicou que hoje, além dos salários, as empresas pagam encargos trabalhistas que chegam a 35%da folha de pagamento.

Ataídes de Oliveira disse que parte desse dinheiro vai para o Sistema S, formado por órgãos como Sesi e Senai, que neste ano deverá receber cerca de R$ 38 bilhões.

— Por que em vez de aumentar impostos o governo não vai atrás desse dinheiro? — perguntou o senador.

Ataídes Oliveira protestou também contra o fato de que todas as empresas são obrigadas a recolher 0.20% sobre a folha de pagamento para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ele considera um absurdo que empresas não ligadas à agricultura e à pecuária tenham que pagar uma contribuição destinada ao setor rural.

— O  custo dessa medida de mais aumento de impostos acabará, como sempre, no bolso de todos os brasileiros pois os empresários não conseguirão absorver mais essa despesa e serão forçados a passá-la ao consumidor. Isso tudo trará certamente reflexos nos preços e na inflação, que já estourou a meta. Além disso, o aumento de impostos desestimulará a contratação de mão-de-obra — afirmou o senador.

Na avaliação de Ataídes Oliveira, o governo abandonou de vez a agenda de reformas microeconômicas, que poderiam reduzir de verdade os custos e aumentar a eficiência e produtividade.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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