Telmário cobra retomada de obra que deverá garantir energia para Roraima

Da Redação | 27/02/2015, 12h04

Em pronunciamento nesta sexta-feira (27), o senador Telmário Mota (PDT-RR) fez um apelo ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, para que ajude na retomada das obras de construção do Linhão de Tucuruí, que vai interligar Boa Vista a Manaus. A obra foi interrompida pela Justiça Federal, a pedido do Ministério Público, sob a alegação de que a construção deveria ser precedida de uma consulta aos povos indígenas em cujas terras passará o ramal.

Segundo Telmário, o estado hoje não é autossuficiente em energia e alguns municípios dependem da energia importada da Venezuela.

— Quero aqui fazer um apelo ao ministro Eduardo Braga, e vou, na segunda-feira, entrar em contato com ele, para dar celeridade a esse processo — disse.

O senador alega que a Fundação Nacional do Índio (Funai), inicialmente apontada como culpada pela interrupção das obras, não é a responsável pela paralisação. Ele se reuniu nesta quinta-feira (26) com o presidente do órgão, Flávio Chiarelli. De acordo com o presidente da Funai, a Eletronorte contratou um conselho indigenista e foram esses consultores que apresentaram 27 itens contrários à passagem do Linhão de Tucuruí naquela área indígena, segundo relatou Telmário.

— Ficou muito claro para mim que há gente dentro da própria Eletronorte vendendo dificuldades para colher facilidades — assinalou.

Telmário Mota argumentou que a conclusão das obras vai permitir a integração de Roraima ao sistema elétrico nacional e garantir o crescimento econômico da região.

Além da crise energética no estado, o senador também apontou problemas em vários áreas como saúde, educação e setor produtivo.

— Os políticos que ali estão há anos se preocuparam e levaram na mala só a fama da corrupção. Colocaram Roraima em todos os "ismos" — clientelismo, favoritismo, paternalismo —, e esses "ismos" colocaram Roraima no verdadeiro abismo — criticou.

Licença maternidade

Em seu pronunciamento, Telmário Mota (PDT-RR) parabenizou a presidente Dilma Rousseff por ter enviado ao Congresso projeto que regulamenta o direito à licença-maternidade no âmbito das Forças Armadas. O PLC 22/2013 foi aprovado nesta quinta-feira (26) pelo Senado e segue agora para sanção presidencial. De acordo com o texto aprovado, a militar terá direito a licença-maternidade de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, conforme previsto na Lei 11.770/2008. A prorrogação já é prevista para todas as servidoras públicas.

— Esta Casa teve a grandeza de reconhecer, de aprovar ontem essa igualdade que faltava às nossas militares —comemorou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)