Brasil precisa de estadistas para definir novos propósitos e rumos, afirma Cristovam

Da Redação | 27/02/2015, 11h30

Em discurso nesta sexta-feira (27), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que o Brasil passa por um “terremoto” e, para auxiliar a contornar a crise atual — apesar dos inúmeros e inegáveis avanços obtidos pela sociedade nos últimos anos — é necessária a atuação de um estadista.

— Onde estão os Tancredos e os Ulysses de hoje, capazes de agarrar propósitos novos para o Brasil e nos aglutinarem em torno deles, com bandeiras que nos levem em direção ao novo Brasil? — questionou.

Na opinião do senador, há uma crise imediata e uma crise estrutural, de longo prazo. A imediata é consequência do excesso de gastos, que gerou déficit fiscal, da elevação do custo Brasil, que levou à perda de mercado externo e faz com que haja déficit na balança comercial. Mas há ainda uma crise de propósitos, de rumos, que discuta onde o Brasil quer chegar e onde os políticos querem levar os 200 milhões de cidadãos brasileiros.

Na noite de quinta-feira (26), Cristovam participou de uma conversa com cidadãos que afirmaram “não confiar nos políticos”. Ele disse lamentar que os representantes da população não consigam ouvir a voz das ruas e guiar o país para um futuro diferente, de ruptura, como aconteceu quando o Brasil saiu do império para a república, da escravidão para a liberdade, do meio rural para a cidade, da ditadura para a democracia.

— O futuro daqui para frente é outro. É nesse que eu me engajo tanto na luta pela educação, porque a grande riqueza do futuro virá do conhecimento. O conhecimento vem da ciência e da tecnologia, que vem das universidades, que vem do ensino médio, que vem do ensino fundamental, que vem desta coisa chamada educação de base. Essa vai ser a base da riqueza do futuro — afirmou.

Em aparte, o senador Telmário Mota (PDT-RR) manifestou-se contra a decisão da Câmara dos Deputados de pagar passagens para as mulheres dos parlamentares, "uma benesse concedida num momento de crise", como observou.

— Isso é imoral e ilegal, diante desse país que tem o Parlamento mais caro do mundo — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: