Brasil precisa não só de ajuste fiscal, mas de bom ambiente para os negócios, diz Jucá

Da Redação e Da Rádio Senado | 26/02/2015, 17h54

O ajuste fiscal, embora importante, não será suficiente para melhorar o cenário econômico do país, afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) nesta quinta-feira (26), em Plenário. Na avaliação dele, a responsabilidade nos gastos públicos é obrigação de qualquer governo. O problema é que o Planalto não consegue dar sinais de animação econômica e social.

— Nós não podemos começar um governo só sinalizando e falando de cortes, nós não podemos ter um ano de depressão. Nós temos que ter um ano de correção de rumos na economia, de reconhecimento dos erros, mas nós temos que ter um ano proativo.

Jucá se disse preocupado com o quadro de agravamento da economia brasileira. O senador citou o que classificou como “problemas graves” ocorridos no ano passado, quando não foi cumprida a meta fiscal. Agora, no novo governo da presidente Dilma Rousseff, o senador diz não sentir um bom ambiente junto aos diversos setores da economia.

O senador avalia serem necessárias mudanças na regulação da atividade econômica, de modo a criar um ambiente propício aos negócios. É preciso, disse ele, investir na educação, na tecnologia e na produtividade, além de lançar um programa de concessões e  resolver a morosidade dos licenciamentos.

— Qual é o estímulo que têm empresas para entrarem em concessões públicas se não conseguem ter o 'licenciamento expresso' que deveriam ter e, portanto, a equação econômico-financeira cai por terra. Vira uma celeuma para se fazer reajuste de tarifa, reajuste de concessão e tudo mais. É uma situação extremamente séria – criticou.

Para ele, o Brasil tem enorme potencial e o Congresso poderia ser o catalisador das mudanças necessárias, aprovando matérias que corrijam o rumo do país.

— O governo precisa rapidamente apresentar ao país, e o Congresso vai ter que cobrar isso. Mais do que isso, o Congresso precisa ser o catalisador e precisa ser o indutor dessa animação econômica, ajustando leis e aprovando matérias que possam fazer a diferença na construção desse país e na retomada dessa inflexão social e econômica.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) criticou o “imediatismo” do governo. Na visão do senador, a equipe não diz aonde quer chegar e apenas procura tirar os pés do atoleiro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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