Plenário deve votar indicações de quatro embaixadores em fevereiro

Da Redação | 30/01/2015, 12h16

Entre as primeiras votações secretas do Plenário na volta dos trabalhos legislativos estarão as indicações da presidente Dilma Rousseff de diplomatas que devem encabeçar embaixadas do Brasil em quatro países: Finlândia, Jamaica, Sudão do Sul e Namíbia.

Indicado para a embaixada na Finlândia, Antônio Francisco da Costa e Silva Neto foi sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) em 20 de novembro. Ele destacou as vantagens de o Brasil ter acordos bilaterais em transferência de tecnologia e em cooperação tanto em pesquisa e inovação quanto em educação – desde o básico até o Programa Ciência sem Fronteiras.

Antônio Neto também falou sobre a possibilidade de incremento dos investimentos finlandeses no Brasil, em setores como os de papel e celulose, indústria naval, extração de petróleo e de defesa.

No encontro, ele salientou os altos índice de desenvolvimento do país e sua sólida política social, que o coloca na 24ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil é o principal destino dos investimentos finlandeses na América Latina,  já atuando no país quase todas as grandes empresas da Finlândia.

Relação bilateral

O diplomata Eduardo Carvalho, indicado para a Namíbia, foi sabatinado no mesmo dia. Ele destacou pontos da relação bilateral, como a ampla cooperação no campo militar, uma vez que o Brasil forma 80% dos oficiais da Marinha do país africano.

— Nós temos, portanto, uma força militar amiga e que fala português, coisa rara em qualquer país — registrou Carvalho, salientando que assim o idioma ganhou força na Namíbia.

Outro destaque é a cooperação das duas nações em educação. Contudo, o comércio bilateral ainda é muito pequeno, reconheceu Carvalho na reunião. O fluxo conjunto é de apenas US$ 25 milhões. Ele apontou possibilidade de aumentar o leque de serviços, com a participação de empresas brasileiras na construção de infraestrutura em estradas, portos e aeroportos e, no futuro, na exploração de prováveis jazidas de petróleo.

Também deve ser votada a indicação da atual embaixadora do Brasil na Etiópia, Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert, para exercer, cumulativamente, o cargo de embaixadora do Brasil no Sudão do Sul. Como já ocupa o cargo de embaixadora, ela não precisou passar por nova sabatina.

Conexão

Também a representação brasileira em Kingston atualmente depende dos votos do Senado para definir seu novo chefe. Carlos Alberto Michaelsen Den Hartog, ministro de segunda classe do Ministério das Relações Exteriores, foi aprovado na sabatina de 27 de novembro para comandar a Embaixada do Brasil na Jamaica.

Segundo Hartog, o governo da Jamaica tem intenção de atrair empresas brasileiras para a construção, no país, de um grande "hub logístico" — centro de operações para concentrar e redistribuir cargas, atividades ou pessoas —, capaz de aproveitar a vantagem geográfica jamaicana para o transporte de cargas em toda a região do Caribe e sul dos Estados Unidos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)