Luiz Henrique quer reforma política até julho

Guilherme Oliveira | 30/01/2015, 18h21

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (30), o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) confirmou sua candidatura à Presidência do Senado, em eleição marcada para o domingo (1º). Sua principal proposta de campanha é a reforma política. O senador afirmou que, se eleito, tentará concluir a primeira etapa da reforma até julho.

Luiz Henrique falou à imprensa em seu gabinete, acompanhado por lideranças de sete partidos que declararam apoio à sua candidatura: PSDB, DEM, PSB, PDT, PP, PPS e PSOL. Outros três peemedebistas estavam presentes: os senadores Ricardo Ferraço (ES) e Waldemir Moka (MS) e o senador eleito Dário Berger (SC).

- Eu gosto de prazos. Quero consumir o mês de fevereiro em conversas, selecionando projetos na Câmara e no Senado, e, a partir de março, desencadear o processo da reforma política, que quero ver aprovada, no que for consensual, até meados de julho – explicou o candidato.

Luiz Henrique lembrou que o presidente do Senado exerce também a função de presidente do Congresso Nacional. Nessa condição, pretende articular a atuação conjunta do Senado e da Câmara.

- Não haverá mais hiato entre Câmara e Senado. Entendo que só poderemos fazer as reformas com a rapidez que temos que fazê-las se estivermos articulados juntos – destacou ele.

Além da reforma política, Luiz Henrique disse que pretende criar uma comissão para promover a reforma do Regimento Interno do Senado. Em sua opinião, o texto que regula as atividades da Casa é antiquado.

- Nosso regimento é do antanho, vem lá da época do bipartidarismo. É preciso adequá-lo à nova realidade. Já na primeira semana vou constituir uma comissão e dar o prazo de 15 dias para que apresente um projeto moderno.

O senador garantiu que sua postura, caso venha a ocupar a Presidência, será conciliadora e participativa.

- Nessa grave crise que o Brasil vive, não há lugar para antagonismos. Vamos estabelecer um diálogo construtivo. Minha candidatura, que é apoiada por partidos da base do governo e da oposição, é uma candidatura da instituição.

O candidato assegurou que respeitará o princípio da proporcionalidade partidária na composição da Mesa do Senado e garantirá a 1ª vice-Presidência, segundo cargo mais importante, ao PT, que é a segunda maior bancada do Senado. Ele também disse que, se eleito, pretende fazer visita oficial à presidente Dilma Rousseff, para lhe dizer que não fará uma presidência "subserviente, muito menos antagônica".

Apoios

A senadora Ana Amélia (PP-RS), que declarou apoio a Luiz Henrique, destacou a proposta de renovação do candidato.

- Isso é um projeto de renovação e um compromisso dele em defesa da instituição Senado Federal, que está tão criticada e atacada hoje – analisou.

Já o senador José Agripino (DEM-RN), líder de seu partido, rechaçou a hipótese de que a eleição para a Presidência do Senado se transforme em um confronto entre governo e oposição.

- Vocês estão vendo um candidato do partido majoritário que se apresenta ao lado de líderes que falam pela maioria expressiva, senão pela unanimidade, de vários partidos. É uma candidatura que não é de um partido, é da Casa. É uma manifestação político-partidária do Senado.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) lembrou que a decisão sobre a Presidência é de competência do conjunto de senadores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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