Primeira turma de jovens aprendizes inicia atividades em fevereiro

Elina Rodrigues Pozzebom | 09/01/2015, 10h58

No retorno das atividades legislativas, a primeira turma de jovens aprendizes iniciará suas atividades no Senado Federal. Serão 30 adolescentes que prestarão serviços nas áreas administrativas da Casa e, para tanto, receberão um salário mínimo, além de vale-transporte e vale-refeição. A jornada de trabalho é de quatro horas diárias.

— O Programa Jovem Aprendiz busca proporcionar aos adolescentes formação técnico-profissional e aquisição de hábitos e experiências que estimulem e favoreçam o ingresso e a permanência na escola, e também os auxilie a entrar no mercado de trabalho — explicou Alexandre de Lana Silva, chefe do Serviço de Estágio e gestor do programa Jovem Aprendiz.

Os 30 jovens estão, desde o último dia 5, passando por um treinamento ministrado pelo Centro Salesiano do Menor do Distrito Federal (Cesam), parceiro do Senado para as contratações, onde recebem aulas teóricas com noções de administração e arquivologia. A etapa preparatória durará 30 dias. Ao iniciar as atividades de “menor aprendiz”, o que está previsto para ocorrer no dia 9 de fevereiro, os adolescentes assumirão postos na Biblioteca e no Arquivo da Casa.

O contrato tem duração de até 24 meses, improrrogáveis, e durante sua vigência, os menores receberão um salário mínimo, atualmente no valor de R$ 788, e terão a carteira de trabalho assinada, com pagamento de fundo de garantia e contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O aprendiz contratado também tem direito a 13º salário e a todos os benefícios concedidos a empregados formais, inclusive férias, coincidindo com o período de férias escolares.

— Tudo conforme a Lei da Aprendizagem — frisou Alexandre.

A jornada de quatro horas diárias é feita no turno contrário ao da escola, considerando as informações prestadas no ato da inscrição para participar do programa. As atividades dos jovens aprendizes serão supervisionadas.

— Dentro de cada unidade de lotação, o coordenador da área vai definir tutores, e cada um deles manterá até sete aprendizes sob sua tutela. Esse tutor vai ser o espelho de boas práticas no ambiente de trabalho — acrescentou o gestor.

Requisitos

Para se candidatar a um posto de trabalho de aprendiz, o adolescente precisa ter de 14 a 17 anos e 11 meses, ser morador do Distrito Federal, estar matriculado pelo menos no 8º ano do ensino fundamental em escolas da rede pública e pertencer a uma família com renda de até um salário mínimo per capita.

Se atender a todos os requisitos, deverá se inscrever por meio do Cesam e aguardar a demanda por mais vagas. A entidade também é responsável pelo treinamento de jovens para outras empresas públicas e privadas em Brasília e em outros estados, como Minas Gerais e Goiás.

Segundo Alexandre de Lana, mais de 1.500 jovens aprendizes já foram encaminhados pelo Cesam para contratos de aprendizagem no Distrito Federal. Eles recebem, pela própria instituição, treinamentos com noções de secretariado, almoxarifado, arquivologia e para realizar atividades de auxiliar administrativo, dependendo da demanda das empresas.

O programa Jovem Aprendiz no Senado foi criado em 2014. “A iniciativa, além de colaborar com esses jovens em fase de desenvolvimento e formação, não irá impactar em nenhum acréscimo orçamentário, uma vez que vamos usar uma parte dos recursos prevista para a contratação de estagiários”, informou o presidente do Senado, Renan Calheiros, à época. Instituições como a Câmara dos Deputados, o Conselho Nacional do Ministério Público e a Petrobras já adotam o Jovem Aprendiz.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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