Situação de Graça Foster na Petrobras é insustentável, diz relator

O relator da CPI Mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que não há mais condições políticas para a permanência de Graça Foster na presidência da estatal. Ele acrescentou que todos os diretores da empresa estão na mesma situação. A demissão do comando da Petrobras é defendida em relatório paralelo apresentado pela oposição nesta quarta-feira (17).

— Temos uma situação política aí colocada. Um problema econômico envolvendo a empresa. Há a necessidade de que tenhamos uma mudança na empresa, com novos dirigentes para oxigenar o trabalho na companhia — afirmou Marco Maia.

O deputado disse, no entanto, que a CPI não pode "agir com irresponsabilidade" ao acusar Graça Foster de envolvimento nos casos de corrupção na Petrobras. Segundo ele, em nenhum momento das investigações, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria CPI, houve provas de participação da atual presidente da Petrobras em irregularidades.

— Acho exagero por parte da oposição querer propor o indiciamento da Graça Foster nesta condição. Mas é óbvio que o momento político e econômico pelo qual passa a companhia exige uma mudança, uma transformação — declarou o deputado.

O relatório paralelo apresentado pela oposição propôs o indiciamento de Graça Foster em dois crimes: prevaricação e falso testemunho. O exame do relatório final da CPI Mista da Petrobras foi adiado para a noite desta quarta-feira (17) por causa das votações em plenários do Senado e da Câmara.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)