Reatamento de relações entre Cuba e EUA amplia integração nas Américas, diz Ferraço

Marco Antonio Reis | 17/12/2014, 18h54

A decisão dos governos dos Estados Unidos e de Cuba de iniciar o reatamento de relações diplomáticas, depois de mais de 50 anos, colabora para um ambiente de maior integração entre os países americanos, avaliou o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE).

— Foi uma decisão extraordinária. As relações estão defasadas no tempo, vêm dos anos 60 e 70, quando o mundo se dividia em dois polos. Essa decisão madura e civilizada dos dois países cria todo um ambiente para melhorar e ampliar a integração das Américas. É um divisor de águas para a construção da democracia na nossa região — afirmou.

Para o senador, é Cuba quem tem mais a ganhar com um eventual fim do embargo econômico – esse ponto depende de decisão do Congresso Norte-Americano.

— Estão evidentes as deficiências do modelo {econômico cubano, da ausência de democracia. A possibilidade de crescimento e de fortalecimento dos princípios democráticos cria condições efetivas para melhorar as condições de vida dos nossos irmãos de Cuba — disse.

A decisão também foi comemorada pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Ele disse que o fato deve ser celebrado por todos, independentemente de posição política.

— Eu sinto que o Brasil, que tanto investiu no relacionamento com Cuba, não tenha participado mais ativamente desse momento.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)