Mozarildo Cavalcanti defende seu pai, ex-prefeito de Boa Vista

Da Redação | 28/11/2014, 11h19

Em discurso nesta sexta-feira (28), o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu seu pai, ex-prefeito de Boa Vista Mozart Cavalcanti. Segundo afirmou o parlamentar, o político, morto há mais de 30 anos, foi acusado por Romero Jucá (PMDB-RR) de prática de corrupção e, por esse motivo, ter sido preso e, posteriormente, banido do estado.

O peemedebista teria feito essas acusações após Mozarildo discursar sobre atos de corrupção na Secretaria de Saúde do município de Boa Vista, cuja prefeita é a ex-mulher de Jucá, Teresa Surita. Vários políticos, como o ex-governador Neudo Campos, foram acusados de irregularidades por Romero Jucá. Campos, no pronunciamento do senador pelo PMDB, seria integrante de um “complô” para afastar a atual prefeita.

De acordo com Mozarildo, reproduzindo entrevista de Neudo Campos ao jornal Folha de Boa Vista, Jucá está “surtando” porque ele e seu grupo político foram derrotados nas eleições estaduais. Nacionalmente também, como observou o senador pelo PTB, não foi diferente, pois o ex-líder do governo apoiou o candidato derrotado à Presidência, senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Agora, segundo Mozarildo, Jucá "vive um inferno astral e distribui culpas e acusações desarrazoadas e teme ser responsabilizado por ter sido apontado como um dos beneficiados no escândalo de corrupção da Petrobras".

— Lamento que o senador Jucá, por não ter o que falar de mim, vá buscar a figura do meu pai de maneira errônea, baseado em afirmações falsas, ou até mesmo propositadamente — afirmou Mozarildo.

O parlamentar explicou que seu pai chegou ao estado em 1943, antes de a região virar território, trabalhou em várias instâncias e órgãos governamentais até ser nomeado prefeito de Boa Vista. Com a instauração do Regime Militar, em 1964, disse Mozarildo, seu pai foi alvo de um inquérito policial militar, tendo sido absolvido alguns anos depois por não terem sido encontradas irregularidades em sua gestão.

Magoado, humilhado e com a saúde fragilizada, acrescentou Mozarildo, o político mudou-se para Belém (PA), onde já moravam e estudavam ele e seu irmão. Lá, seu pai passou a gerenciar a pedreira de um amigo e, num apartamento financiado e pago a prestações pelo próprio senador, morou até sua morte, nunca mais tendo retornado ao estado, explicou Mozarildo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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