Kaká Andrade volta a defender revitalização do Rio São Francisco

Da Redação e Da Rádio Senado | 20/11/2014, 17h19

O senador Kaká Andrade (PDT-SE) alertou para a redução da vazão, da navegabilidade e da produção de peixes do Rio São Francisco, considerado o rio da integração nacional.

Ele atribui essa realidade à construção da barragem de Sobradinho, na década de 70. Até essa época, segundo lembrou o senador, as várzeas de Sergipe e de Alagoas eram lugares onde se produzia arroz. Também havia lagoas formadas pelas cheias do rio, que permitiam uma grande produção de peixes.

Após a construção da barragem, a vazão foi reduzida em 35%, o que também prejudicou a navegabilidade do São Francisco, que antes era de 1.370 quilômetros, total reduzido para 572 quilômetros navegáveis.

Na opinião do parlamentar, é importante revitalizar o rio, promovendo um planejamento de cheias artificiais para encher as lagoas naturais e para garantir a produção de peixes e de arroz para as populações ribeirinhas:

— Devo manifestar minha indignação com o uso basicamente voltado para a geração de energia elétrica das águas do são francisco. Dando absoluta prioridade a esse uso do rio, desconsideraram as dramáticas consequências da míngua na vazão para o baixo São Francisco no estado de Alagoas e no meu estado de Sergipe. São intoleráveis as falhas no planejamento das barragens. Em Xingó não foi construída a escada necessária para a piracema, rompendo, assim, o círculo para a reprodução dos peixes — afirmou Kaká Andrade.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)