Ângela Portela pede ao novo governo de Roraima que dê atenção ao sistema penitenciário

Da Redação e Da Rádio Senado | 30/10/2014, 16h05

A senadora Ângela Portela (PT-RR) disse esperar que o novo governo de Roraima, que tomará posse em janeiro, consiga resolver o grave problema do sistema penitenciário do estado, onde fugas e rebeliões são constantes.

A mais recente começou no domingo, na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, que tem hoje 1.150 presos num prédio construído para abrigar apenas 750. Esses presos são atendidos por apenas 20 agentes e com o reforço de no máximo 30 policiais militares na segurança. Há superlotação e poucos agentes e policiais também na cadeia pública do estado.

Para mudar essa situação, Ângela Portela sugere cursos de capacitação para os agentes penitenciários e a construção de um centro de detenção provisória para que presos condenados sejam separados dos que aguardam julgamento. A senadora afirmou que o governo federal tem recursos para tanto, mas observou que o governo do estado tem que apresentar projetos.

- Essa situação caótica em que se encontra o sistema penitenciário de Roraima tem reflexo negativo na população, que sofre com a eterna ameaça de novas fugas, de mais assaltos, furtos, assassinatos, enfim, o sentimento de insegurança que as famílias de Roraima sentem. Esperamos que a  nova governadora Suely Campos, eleita no último domingo, consiga reverter essa situação - disse a senadora.

Reajuste de energia

Ângela Portela também considerou abusivo o aumento de até 54% nas contas de energia elétrica, autorizado esta semana pela Agência Nacional de Energia Elétrica para o Estado de Roraima.  Na capital, Boa Vista, o aumento médio será de 16% , e as famílias não esperavam um aumento tão grande, reclamou a senadora.

Ela explicou que, em Roraima, boa parte do aumento na energia elétrica se deve aos custos com a compra e a transmissão de energia. Isso ocorre porque o estado ainda não faz parte do sistema nacional de energia elétrica, o que só ocorrerá a partir de 2016, quando for concluído "Linhão" de Tucuruí.

Enquanto essa interligação não ocorre, Ângela Portela pediu à Aneel um tratamento diferenciado para os estados de sistemas isolados, porque eles têm um ônus maior que os demais. Ela sugeriu também o incentivo às fontes alternativas de energia nas áreas mais isoladas. Esse modelo, explicou, seria ideal também para as comunidades indígenas.

- Fiquei estarrecida com esse repentino aumento da energia elétrica no meu estado de Roraima. Isso vai afetar grandemente, principalmente, as pessoas que moram no interior do estado - protestou a senadora.

 

 

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE:
Senadora Angela Portela