Ana Amélia condena campanhas eleitorais ofensivas aos adversários

Da Redação e Da Rádio Senado | 23/10/2014, 16h15

A senadora Ana Amélia (PP-RS) analisou pesquisa do Datafolha, divulgada na quarta-feira (23) pelo jornal Folha de S.Paulo, que revela que quase 70% dos entrevistados condenam as campanhas eleitorais ofensivas aos adversários. Os demais, segundo a pesquisa, consideram normal as campanhas eleitorais agressivas. E para Ana Amélia, o que deve prevalecer durante as campanhas eleitorais não é a agressividade, mas a apresentação de propostas.

— Se você quer ganhar pisoteando e garroteando o adversário, de forma caluniosa e difamatória, qual é o gosto dessa vitória? — indagou a senadora.

Ana Amélia também lamentou a demora do Tribunal Superior Eleitoral, que decidiu proibir, após o primeiro turno das eleições deste ano, as campanhas ofensivas aos adversários. Para a senadora, a decisão deveria ter sido tomada bem antes, para não prejudicar candidatos e candidaturas antes do primeiro turno eleitoral.

A senadora disse ainda que é preciso aceitar a decisão tomada pelos eleitores nas urnas e não questionar a composição que o Congresso Nacional terá após as eleições deste ano. Ela ressaltou que todos os deputados federais e senadores são legítimos representantes dos interesses da população e dos estados brasileiros, independente de opiniões ou posições que adotem.

Petrobras

Ana Amélia também defendeu a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de investigar as denúncias de irregularidades na Petrobras. Para ela, a iniciativa, além de apurar irregularidades na Petrobras, vai proteger os acionistas que investem o seu dinheiro na companhia.

A senadora citou os pequenos investidores, como os trabalhadores que usaram o seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e os sócios minoritários da estatal. Ela acrescentou que, caso a CVM comprove as irregularidades, será aberta nova fase da investigação, que poderá resultar em punição para a companhia.

Ana Amélia também disse apoiar auditoria do Tribunal de Contas da União para averiguar se a Petrobras pagou US$ 434 milhões a mais ao governo boliviano pelo fornecimento de gás natural pelo país vizinho ao Brasil.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)