Paulo Roberto Costa vai para prisão domiciliar

Larissa Bortoni | 30/09/2014, 19h36

O juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, Sérgio Moro, concedeu nesta terça-feira (30) o benefício de prisão domiciliar ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que fez um acordo de delação premiada e detalhou um esquema de corrupção na estatal. Caberá à Polícia Federal assegurar que as regras deste tipo de detenção sejam respeitadas.  Costa está preso na Superintendência da PF em Curitiba e deverá ser levado ao Rio de Janeiro, onde mora.

Em nota, o juiz Sérgio Moro esclareceu que o pedido de transferência para a prisão domiciliar foi feito pelo Ministério Público e pela defesa do acusado, uma vez que ele colaborou com a justiça. Moro também informou que as informações prestadas por Paulo Roberto estão sujeitas à verificação.

A CPI Mista da Petrobras quer ter acesso a todos os depoimentos de Paulo Roberto Costa. Na semana passada, integrantes de comissão de inquérito se reuniram com presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e com o ministro responsável pelos processos da Operação Lava Jato na corte, Teori Zavascki, para apresentar esse pedido formalmente. No entanto, conforme explicado pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), esses dados só estarão disponíveis após o acordo de delação premiada ter sido homologado pelo STF.

Na delação premiada, Paulo Roberto Costa, teria dado detalhes de um esquema de corrupção operado na Petrobras. O parceiro de Costa neste arranjo seria o doleiro Alberto Youssef. Os dois estão presos desde março. O ex-diretor da Petrobras seria ouvido pela CPI Mista da Petrobras no último dia 17, mas ele se valeu do direito legal de não responder as perguntas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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