Wilson Matos defende novo modelo de educação e tempo integral em todas as escolas

Da Redação e Da Rádio Senado | 16/09/2014, 17h09

O senador Wilson Matos (PSDB-PR), lamentou nesta terça-feira (16) que o Brasil tenha "avançado muito pouco em direção à educação transformadora, capaz de desenvolver nossos alunos, as competências e habilidades efetivas que possam levar a Nação à sua verdadeira emancipação econômica e social". Segundo ele, somente com avanços no setor educacional o país terá como competir com os países desenvolvidos.

— E é importante lembrar que esses países só alcançaram esse patamar por terem sido convertidos ao conhecimento — advertiu o parlamentar.

Diante desse quadro é que Wilson Matos defende a implantação do tempo integral nas escolas brasileiras, como estabelece projeto de lei apresentado pelo senador (PLS 255/2014). A ideia é oferecer ao invés de 800 horas/aula anuais, 1.400 horas/aula anuais.

O autor explica que a implantação do horário integral se dará gradativamente até o ano de 2024 e os profissionais que atenderão aos alunos nos horários de contra fluxo não precisarão ser professores graduados, mas o que chama de mediadores do conhecimento.

Wilson Matos lembrou que o país contará com recursos para isso, já que está previsto que parte do dinheiro do pré-sal será destinado à educação, além do aumento dos recursos do PIB para o setor.

Outra proposta apresentada pelo senador introduz a avaliação anual do desempenho dos professores da educação básica, o Exame Nacional do Magistério da Educação Básica (Enameb), com o objetivo de avaliar o desempenho dos docentes de educação básica das instituições de ensino públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal (PLS 403/2007). De acordo com o texto, o Enameb seria desenvolvido em cooperação com os sistemas de ensino dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.

Pela proposta, os profissionais cujos alunos tivessem boas notas e critérios de mérito no processo de gestão democrática do ensino público receberiam pagamento de bônus.

Para Wilson Matos, o modelo da escola brasileira, principalmente a que oferece a educação básica, precisa mudar:

— Não se trata de estabelecer penalidades para eventuais insucessos nos exames, mas de identificar aqueles que precisam de atualização e de premiar os que demonstram que seus alunos tiveram um aprendizado mais significativo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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